As preocupações ambientais deviam estar cimentadas em nós, para que fossem ponderadas constantemente no dia-a-dia. Dado que nem sempre isso acontece, porque não dedicarmos 60 simbólicos minutos a isso? A hora do planeta celebra-se dia 23 de Março entre as 20:30 e as 21:30. Vamos apagar as luzes e acender consciências?
Atenção: Se tudo correr bem, este blog será um amontoado de constatações que não interessam a nenhum ser com o mínimo de inteligência... Fujam enquanto é tempo! :)
quinta-feira, março 21, 2013
sábado, março 16, 2013
Tatuagem
Todos os dias cruzamos-nos com outras pessoas. A maior parte desses encontros acidentais são com pessoas que nunca vimos e que provavelmente nunca iremos ver. Mas outros são o resultados de duas montanhas russas a chocarem uma contra outra. Nem sempre o choque é violento, mas por vezes... Por vezes é tão simples como o motorista do autocarro que nos conduz segunda-feira sim, quarta-feira não. Por vezes é um pouco mais forte, como o investigador de outro país que mais tarde descobrimos ter ferramentas úteis para o nosso projecto. E sem querer, de tempos a tempos, o choque é tão grande que paramos para olhar à nossa volta e ver os danos causados.
O velho que dá corda aos relógios incansáveis, tem a seu poder a capacidade de ir removendo os restos destes confrontos. Aos poucos, o metal retorcido criado com a pancada (pancada essa por vezes muito positiva), vai saindo de cena. Sempre aos poucos, parafuso a parafuso... Quando voltamos a levantar a cabeça de nós próprios para olharmos em volta, o cenário está limpo, como se nunca nada tivesse acontecido ali.
Efémera, a recordação desvanecesse. Ora porque a memória fracassou, ora porque o gira-discos já não toca discos, ora porque a cor da fotografia esbateu.
Como se marca uma pessoa? Como se faz com que uma pessoa se mantenha tão viva em nós, como nos nos mantemos vivos em nós mesmos? E como imprimimos essa vivência nos outros?
O velho que dá corda aos relógios incansáveis, tem a seu poder a capacidade de ir removendo os restos destes confrontos. Aos poucos, o metal retorcido criado com a pancada (pancada essa por vezes muito positiva), vai saindo de cena. Sempre aos poucos, parafuso a parafuso... Quando voltamos a levantar a cabeça de nós próprios para olharmos em volta, o cenário está limpo, como se nunca nada tivesse acontecido ali.
Efémera, a recordação desvanecesse. Ora porque a memória fracassou, ora porque o gira-discos já não toca discos, ora porque a cor da fotografia esbateu.
Como se marca uma pessoa? Como se faz com que uma pessoa se mantenha tão viva em nós, como nos nos mantemos vivos em nós mesmos? E como imprimimos essa vivência nos outros?
quarta-feira, março 06, 2013
Vamos lá pôr o ponto no i de Igreja.
Sou ateu! Como já dei a entender, comecei a fazer o crisma. Sentado numa cadeira ao lado de mais 84 pessoas, assisto aquilo que, pela cara de cada um, é um fascínio. Não para mim.
Fala-se muitas vezes que o crisma é o tornar-nos adultos na fé... é uma confirmação. Aceito e subscrevo ambas as definições. Na verdade, eu mesmo, ateu estou nesse percurso. Também eu estou conscientemente (adulto) a confirmar a minha fé. Mais que isso, estou a confirmar que não quero pertencer à igreja! Não quero. Mais do que ser ateu, sou alguém que decide (por pensamentos lógicos) não querer ser parte "daquilo". Mais do que ter fé ou não, eu não quero, nunca, pertencer ao mundo da igreja. Nunca! E este nunca é tão gritante que eu sei, porque sei, que se algum dia eu vier a sentir "fé", nunca será na igreja que eu encontrarei espaço para ela. Sei!
Assim, como ateu, consigo ler algumas coisas nas entrelinhas. À pergunta "porque sigo Deus?", surge muitas vezes a resposta "porque sou feliz". As idas à igreja devem acontecer mesmo que estejamos com preguiça, para não nos afastarmos, porque e voltando à ideia anterior, sem Deus ficamos infelizes. Pois bem, eu sou ateu, recuso-me a levar Deus seja para onde for, quando entro numa igreja entro contrariado e ainda assim considero-me muito feliz. Brutalmente feliz.
"Se me cruzar com uma pessoa e me der só a mim, que pobre é esse encontro. Porque não dar também um pouco de Deus?" Falta de confiança. Arrebatadora! Eu entrego-me a mim de alma e coração a quem eu penso merecer-me de alma e coração. "Que triste é aquele que só se entrega a si!" E que triste é aquele que não se considera suficiente!
"Posso levar Deus comigo para onde quer eu vá, espalhando bondade e sorrisos pelos outros". Ainda bem que eu não referi que sou ateu, se não criava-se certamente um círculo à minha volta com medo que eu contagiasse alguém. Também eu sou simpático e também eu tenho valores (já lá vamos), e consigo te-los por mim, e não por intermédio de ninguém. Disse um dos padres, que tudo o que vem de bom pela mão das pessoas, mesmo dos ateus, é obra do espírito santo. Que felicidade pode uma pessoa ter consigo, se acredita que nunca fez nada de bom por sua própria opção? Que cruéis somos todos! No fundo, todos somos terríveis e apenas fazemos cosias boas porque somos guiados. Ou então não!
Num dos almoços, na outra ponta do relvado, ouve-se dizer "eu voltei para a igreja porque o mundo em que vivemos não tem valores". Então eu, ateu, não tenho valores? Eu não sei o que é bom ou errado? Eu não sei o que é ajudar?
Tão cego é o cego é que não quer ver tal como tão lunático é o visionário que apenas ve!
Fala-se muitas vezes que o crisma é o tornar-nos adultos na fé... é uma confirmação. Aceito e subscrevo ambas as definições. Na verdade, eu mesmo, ateu estou nesse percurso. Também eu estou conscientemente (adulto) a confirmar a minha fé. Mais que isso, estou a confirmar que não quero pertencer à igreja! Não quero. Mais do que ser ateu, sou alguém que decide (por pensamentos lógicos) não querer ser parte "daquilo". Mais do que ter fé ou não, eu não quero, nunca, pertencer ao mundo da igreja. Nunca! E este nunca é tão gritante que eu sei, porque sei, que se algum dia eu vier a sentir "fé", nunca será na igreja que eu encontrarei espaço para ela. Sei!
Assim, como ateu, consigo ler algumas coisas nas entrelinhas. À pergunta "porque sigo Deus?", surge muitas vezes a resposta "porque sou feliz". As idas à igreja devem acontecer mesmo que estejamos com preguiça, para não nos afastarmos, porque e voltando à ideia anterior, sem Deus ficamos infelizes. Pois bem, eu sou ateu, recuso-me a levar Deus seja para onde for, quando entro numa igreja entro contrariado e ainda assim considero-me muito feliz. Brutalmente feliz.
"Se me cruzar com uma pessoa e me der só a mim, que pobre é esse encontro. Porque não dar também um pouco de Deus?" Falta de confiança. Arrebatadora! Eu entrego-me a mim de alma e coração a quem eu penso merecer-me de alma e coração. "Que triste é aquele que só se entrega a si!" E que triste é aquele que não se considera suficiente!
"Posso levar Deus comigo para onde quer eu vá, espalhando bondade e sorrisos pelos outros". Ainda bem que eu não referi que sou ateu, se não criava-se certamente um círculo à minha volta com medo que eu contagiasse alguém. Também eu sou simpático e também eu tenho valores (já lá vamos), e consigo te-los por mim, e não por intermédio de ninguém. Disse um dos padres, que tudo o que vem de bom pela mão das pessoas, mesmo dos ateus, é obra do espírito santo. Que felicidade pode uma pessoa ter consigo, se acredita que nunca fez nada de bom por sua própria opção? Que cruéis somos todos! No fundo, todos somos terríveis e apenas fazemos cosias boas porque somos guiados. Ou então não!
Num dos almoços, na outra ponta do relvado, ouve-se dizer "eu voltei para a igreja porque o mundo em que vivemos não tem valores". Então eu, ateu, não tenho valores? Eu não sei o que é bom ou errado? Eu não sei o que é ajudar?
Tão cego é o cego é que não quer ver tal como tão lunático é o visionário que apenas ve!
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terça-feira, março 05, 2013
Penso logo... suporto!
Há uns dias atrás, enviei uma mensagem escrita na qual escrevi apenas "Tenho saudades de pensar". Não é que não pense se devo apanhar ou não aquele autocarro, se devo meter o gráfico com barras verdes ou cor-de-rosa choque, ou qualquer outro tipo de pensar. Na mensagem tinha a ideia de dizer que tenho saudades de ser desafiado intelectualmente. Se a memória não me prega uma das suas, foi a actriz Rita Salema que, sentada no sofá do programa 5 para a Meia-Noite, guiado por Filomena Cautela, respondeu de forma brilhante à pergunta "Onde mais gostas que te toquem?". "No cérebro."!
No fundo, gosto de ser sistematicamente desafiado, mas subtilmente para que eu não perceba que me enfiaram num caminho estreito, e no qual eu não tenho o controlo dos acontecimentos. Sobre a necessidade de controlar os acontecimentos, teríamos letras, palavras e linhas para incontáveis posts, pelo que vou contornar o problema. Voltando: pensar!
No fundo, a ideia é agarrar em algo que não esteja cimentado nos alicerces do meu saber, e esmiuçar cada uma das vertentes da teoria até ela estar moldada. Depois, cola-se com super-cola-3 a conclusão no placard de inteligência que, ainda que muito despido, está instalado algures dentro de mim.
Para mim, como um descrente na igreja crista (mais do ateu), sentar-me numa cadeira de uma sala a ouvir um padre falar sobre a importância do crisma é um tédio, apenas suportável (e agradeço que não confundam com aceitável), porque entre tamanho conjunto de disparates proferidos, lá sai algo daquelas bocas que me provoca um arrepio tão grande, um choque tão violento, que para além de me abananar as entranhas, chocalha-me as ideias. E assim, enquanto eles rezam à virgem que se calhar não interessa se era virgem, eu penso!
No fundo, gosto de ser sistematicamente desafiado, mas subtilmente para que eu não perceba que me enfiaram num caminho estreito, e no qual eu não tenho o controlo dos acontecimentos. Sobre a necessidade de controlar os acontecimentos, teríamos letras, palavras e linhas para incontáveis posts, pelo que vou contornar o problema. Voltando: pensar!
No fundo, a ideia é agarrar em algo que não esteja cimentado nos alicerces do meu saber, e esmiuçar cada uma das vertentes da teoria até ela estar moldada. Depois, cola-se com super-cola-3 a conclusão no placard de inteligência que, ainda que muito despido, está instalado algures dentro de mim.
Para mim, como um descrente na igreja crista (mais do ateu), sentar-me numa cadeira de uma sala a ouvir um padre falar sobre a importância do crisma é um tédio, apenas suportável (e agradeço que não confundam com aceitável), porque entre tamanho conjunto de disparates proferidos, lá sai algo daquelas bocas que me provoca um arrepio tão grande, um choque tão violento, que para além de me abananar as entranhas, chocalha-me as ideias. E assim, enquanto eles rezam à virgem que se calhar não interessa se era virgem, eu penso!
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segunda-feira, março 04, 2013
Cheguei... (outa vez...)
Eis, ainda aí estão? Grandes malucos, ficaram sentados "cá em casa" enquanto eu me ausentei por este tempo todo! Vá, que eu vou escrever aqui umas maluqueiras para publicar amanha, pode ser?
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