Foram poucas e pequenas as gotas de água que cairam ainda agora, mas foi o suficiente para encher a paisagem de pontinhos cintilantes. Ao abrir a janela, enquanto o ar frio vem substituir o ar aquecido, as luzes de Lisboa, ao longe, de Almada, um pouco mais perto, ou mesmo as da rua da frente, são desdobradas em brilhos e brilhinhos, enriquecendo a vista.
Os carros que vêm da ponte, passam pé-ante-pé, como se não quisessem acordar os moradores da vila. Lá ao longe, um cão mostra-se zangado com algo, e está-se pouco importando para o que os moradores das redondezas possam achar do seu latido constante.
Juntamente com o ar frio, que vai aos poucos tomando o seu lugar, tomo nota do cheiro a terra molhada. Este é dos pequenos prazeres das primeiras chuvinhas que caem depois de não chover há algum tempo. A dose certa, propõe um cheiro único, que me faz inspirar fundo, em busca das memórias de infância. Cheira a Alentejo!
Quando volto a olhar para o presente, reparo num outro cheiro. Também este é um cheiro a Alentejo, mas, mais do que isso, é um cheiro a Natal. Sempre que o fumo das lareiras se nota no ar, é porque o frio se instalou e o Natal está a chegar. Bem, nem sempre, desta fez é porque o Natal acabou de passar e o frio ainda teima em dar lugar ao calor do Verão.
Para que a visão fosse perfeita, bastava uma estrela cruzar os céus, mas a natureza, rabugenta, reclama logo a nossa exigência. Ou bem que queremos que chova para cheirar a Alentejo, ou bem que queremos estrelas no céu. Se a Natureza aluga nuvens, as estrelas tiram folga.
Lá ficaremos assim, sem estrelas por hoje...
Os carros que vêm da ponte, passam pé-ante-pé, como se não quisessem acordar os moradores da vila. Lá ao longe, um cão mostra-se zangado com algo, e está-se pouco importando para o que os moradores das redondezas possam achar do seu latido constante.
Juntamente com o ar frio, que vai aos poucos tomando o seu lugar, tomo nota do cheiro a terra molhada. Este é dos pequenos prazeres das primeiras chuvinhas que caem depois de não chover há algum tempo. A dose certa, propõe um cheiro único, que me faz inspirar fundo, em busca das memórias de infância. Cheira a Alentejo!
Quando volto a olhar para o presente, reparo num outro cheiro. Também este é um cheiro a Alentejo, mas, mais do que isso, é um cheiro a Natal. Sempre que o fumo das lareiras se nota no ar, é porque o frio se instalou e o Natal está a chegar. Bem, nem sempre, desta fez é porque o Natal acabou de passar e o frio ainda teima em dar lugar ao calor do Verão.
Para que a visão fosse perfeita, bastava uma estrela cruzar os céus, mas a natureza, rabugenta, reclama logo a nossa exigência. Ou bem que queremos que chova para cheirar a Alentejo, ou bem que queremos estrelas no céu. Se a Natureza aluga nuvens, as estrelas tiram folga.
Lá ficaremos assim, sem estrelas por hoje...
Sem comentários:
Enviar um comentário