domingo, setembro 08, 2013

Grito de derrota

Sou um discrente. Não acredito em derrotas silenciosas. Uma derrota leva sempre a um grito de raiva. Qualquer que seja a mesa de onde nos levantamos, se o levantar for causado por um desconforto, aquilo que está em causa não é o silencio com que agimos, mas qual das vozes usamos para libertar o grito. Entre o sair de gritos sonoros expulsos por pulmões destroçados e o sair com gritos silenciados pelo cranio que nos esmaga o cerebro pensante, apenas e somente muda a aparência exterior do nosso sentimento.

Lá dentro... cá dentro, a vontade de perder a cabeça vive gritemos mudos ou exuberantes. Cá dentro, resta uma réstia de vingança por matar.

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