Há muito tempo que não fazia um post com conteúdo político, mas sinto-me forçado a escrever um. Ontem saíram os resultados dos projectos a bolsa de investigação com financiamento da FCT. Ontem foi divulgada uma espécie de carta de rescisão colectiva a diversos investigadores em Portugal.
Num efeito dominó, causado não só pela calamidade divulgada ontem, mas também pela calamidade que temos vindo a assistir nos últimos anos, considero que a investigação em Portugal está a correr grandes riscos. Considero que este será um dos períodos mais negros da nossa história científica.
Cada bolsa de pós-doutoramento que foi negada, é uma machadada em projectos que poderiam abrigar investigadores de grau académico menor como licenciados ou mestres... é um lugar que fica vago nas universidades e centros de investigação que têm apenas este meio para expandir o seu conhecimento científico. Cada cadeira que fica vazia é preenchida pelo silencio impune provocado pelas bocas que deixam de partilhar o conhecimento e de trazer inovação... E cada bolsa de doutoramento negada, é só uma machadada que se dá com quatro anos de antecedência.
É a ciência que trás a inovação e a tecnologia. É a ciência que alimenta um povo que produz menos comida que aquela que consome. É a ciência que cria as respostas para as perguntas que desconhecemos. É a ciência aquele ramo que nunca deixa de procurar e que nunca deixa de tentar. Acabe-se com a ciência quando se quiser acabar com o progresso, porque nunca na história foi possível progredir sem investigar, sem conhecer e sem desenvolver.
Em Portugal estamos a assistir a um dos maiores ataques à ciência alguma vez visto.
O que ai vem não é famoso e apesar de directamente ainda não me tocar, a perspectiva de não me ver num dos futuros que poderão existir, é agoniante.
Um dia percebi que nós, investigadores, éramos heróis. Que vivíamos com condições de trabalho precárias, sem direito a qualquer subsidio ao final de anos com bolsas de investigação. Que vivíamos num estado em que o direito à greve é uma ilusão dado que trabalhamos por objectivos. Que somos uma espécie de freelancers algemados a um contrato de exclusividade mal pago. E que mesmo assim somos os melhores, e que mesmo assim fazemos pela primeira vez algo que nunca ninguém fez, e que todos os dias levamos para um pouco mais longe aquelas que são as barreiras do conhecimento.
Num efeito dominó, causado não só pela calamidade divulgada ontem, mas também pela calamidade que temos vindo a assistir nos últimos anos, considero que a investigação em Portugal está a correr grandes riscos. Considero que este será um dos períodos mais negros da nossa história científica.
Cada bolsa de pós-doutoramento que foi negada, é uma machadada em projectos que poderiam abrigar investigadores de grau académico menor como licenciados ou mestres... é um lugar que fica vago nas universidades e centros de investigação que têm apenas este meio para expandir o seu conhecimento científico. Cada cadeira que fica vazia é preenchida pelo silencio impune provocado pelas bocas que deixam de partilhar o conhecimento e de trazer inovação... E cada bolsa de doutoramento negada, é só uma machadada que se dá com quatro anos de antecedência.
É a ciência que trás a inovação e a tecnologia. É a ciência que alimenta um povo que produz menos comida que aquela que consome. É a ciência que cria as respostas para as perguntas que desconhecemos. É a ciência aquele ramo que nunca deixa de procurar e que nunca deixa de tentar. Acabe-se com a ciência quando se quiser acabar com o progresso, porque nunca na história foi possível progredir sem investigar, sem conhecer e sem desenvolver.
Em Portugal estamos a assistir a um dos maiores ataques à ciência alguma vez visto.
O que ai vem não é famoso e apesar de directamente ainda não me tocar, a perspectiva de não me ver num dos futuros que poderão existir, é agoniante.
Um dia percebi que nós, investigadores, éramos heróis. Que vivíamos com condições de trabalho precárias, sem direito a qualquer subsidio ao final de anos com bolsas de investigação. Que vivíamos num estado em que o direito à greve é uma ilusão dado que trabalhamos por objectivos. Que somos uma espécie de freelancers algemados a um contrato de exclusividade mal pago. E que mesmo assim somos os melhores, e que mesmo assim fazemos pela primeira vez algo que nunca ninguém fez, e que todos os dias levamos para um pouco mais longe aquelas que são as barreiras do conhecimento.
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