Tenho um problema quando a dimensão da essência que me é arrancada é tão grande, que deixo de pensar. Pareço consumido pela grande casa fria, que, apesar de acolhedora, gela-me. Apercebo-me que sigo em modo de piloto automático, por entre os corredores longos de portas encostadas. Alheio a sentidos com sentimentos, alheio a pensamentos. Perco a condição de vida consciente quando sou conduzido entre as salas que me fazem deixar de pensar. Perco a condição de vida, quando nem ao instinto reajo, quando apenas sigo o rebanho, sem ser ovelha, sem ser pastor, sem ser cão, ou sem ser qualquer outro elemento deste quadro.
Sem pensamento, simplesmente deixo de ser.
Sempre admirei a capacidade humana de criar moribundos no momento certo. Ao menos, quando o cérebro se desliga e se anestesia do sentido de quem somos, evita um sofrimento maior. Sempre achei consolador, saber que quando não tiver capacidade para cuidar mim, não terei consciência de mim mesmo, como se um penso anti-dor fosse colado no meu orgulho. Agrada-me saber que tenho a aptidão para ser zombie quando sou raptado para junto de onde não pertenço.
Sem pensamento, simplesmente deixo de ser.
Sempre admirei a capacidade humana de criar moribundos no momento certo. Ao menos, quando o cérebro se desliga e se anestesia do sentido de quem somos, evita um sofrimento maior. Sempre achei consolador, saber que quando não tiver capacidade para cuidar mim, não terei consciência de mim mesmo, como se um penso anti-dor fosse colado no meu orgulho. Agrada-me saber que tenho a aptidão para ser zombie quando sou raptado para junto de onde não pertenço.
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