sábado, fevereiro 26, 2011

Ai, o bicharoco...

Se é verdade (e és mesmo) que é raro postar, é raro andar de bike e é raro procurar caches, não é menos verdade que cada vez que faço qualquer uma destas coisas, me dá uma vontade enorme de a repetir. Não fosse esse o caso e não estaria aqui este post!

Então vá, um pouco de palha para fazer o post valer...

Por ontem ter ido geocacher, hoje estou com o geocache à flor da pele. Dentro de momentos, vou ter uma listinha para procurar e quem sabe se não é já para amanha. Bem, a bem ou a mal, a lista de próximas procuras será feita ou eu não me chamo MrBiogene (por acaso não chamo, mas isso dava conversa para outro post).

Entretanto, andei aqui a mexer e descobri coisas giras, uma delas foi que posso criar várias páginas e acabei por criar uma para meter lá dentro as caches que vou encontrando (-> see by yourself).

A ver se não fico tanto tempo sem postar coisas ou pelo menos a ver se agora aproveito que estou o bichinho bem vivo cá dentro... e tem mesmo de ser que há pessoas com registo muito mais recente e que já me passaram à frente >_<

Tenho dito!

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

As voltas pela baixa de Lisboa


O plano era simples. Sair do 15e no Cais do Sodré, onde ia procurar a primeira cache, passear até às colunas do cais, onde ia loggar a cache que já sabia onde estava, descansar à sobra dos edifícios da praça do comercio para o terceiro achado, subir à Sé para encontrar a quarta cache do dia e na descida recolher dados para uma quinta localização, que pelo andar da hora, ficaria para outro dia.

Bem, se contarmos bem, são apenas 4 logs e destes 2 foram feitos.

No primeiro eram tantas as pessoas no local, que ficou difícil encontrar o GZ. Fica agendada para quando o tempo não convidar pessoas a ver o rio... Sigo então, a pé, para desfrutar e via Ribeira das Naus...

No cais das colunas estava tanta gente que de certeza que toda a gente percebeu que eu tirei a cache do sítio. Pior foi quando a repus. O raio do sinal estava vermelho e estava mesmo uma tipa a olhar para mim, mas que eu só reparei quando já estava a descer do local... Azarix... De destacar o ambiente fantástico, com pessoas de várias culturas, o som calmo do mar e a musica de um musico de rua que costuma por ali passar...

Terceiro ponto de paragem a alguns metros... Sento-me junto à boca de incêndio à procura de uma cache que já foi reportada como desaparecida. Enquanto descanso e tiro algumas fotografias, vou olhado à procura de locais onde ela possa estar. Passo a mão e não há cache para ninguém. Sigo a viagem, uma vez que não vale a pena estar a perder muito mais tempo numa cache que pode ter desaparecido.

Já fiz o caminho até à Sé várias vezes, mas nunca com um tesouro fixo na cabeça. Ao chegar ao local, sou novamente confrontado com uma multidão de pessoas. Pior: uma senhora está ao telefone mesmo junto ao local da cache... Fica momentaneamente adiada.

Último ponto do plano previsto. Um pouco mais abaixo, no largo da Madalena, ponho-me a olhar para uma fachada de um edifício. As quatro colunas na parede confirmam que estou no local certo. É hora de procurar pelos números que o owner desta cache me manda procurar... achado... Tenho as coordenadas desta cache calculadas, mas ainda quero voltar aos pontos que deixei para trás e de qualquer das formas não estava previsto acabar esta... suba-se então de novo até à Sé.

O autocarro com os turistas estava mesmo a sair e não há sinal da chinesa ao telefone. Ao chegar ao GZ apercebo-me num casal de namorados a comer um gelado na escadaria da Sé e mesmo de frente para mim. Raios os partam! Bem, não há stress... Pouso a mala no chão em frente ao local onde suponho que a nanocache esteja escondida e sento-me na calçada mesmo ao lado. Enquanto finjo que mexo na mala, tenho um pequeno objecto na minha à espera do meu log... 2/4 feito e está na hora de ir para casa.

Caches (apenas as feitas):
As Colunas do Cais [Lisboa]
Catedral [Cristianismo]
Teatro [Olisipo] (não feita, mas com as coordenadas finais já obtidas)


Outras caches já feitas, mas para as quais não fiz post:
11/04/2010 N’Eggativo – [Pinhal N’Ovo]
30/01/2011 La Grange - P.Novo

* Na La Grande, recolhi um Travelbug (Love is...) Um pequeno objecto que percorre o mundo à procura do que é o amor para ti...

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Para onde foram as cartas?

Acredito que se um lugar nos marca, nos marcamos também esse lugar. Agora que penso a fundo na questão, lembro-me do professor António Palma Serafim, dizer numa das suas aulas, que todas as reacções têm uma reacção contrária. Físicas à parte, o meu irmão pediu-me, a vários quilómetros de distância, que folheasse o livro "Correspondência" de Eça de Queirós, que está no seu quarto aqui de casa... São listadas cartas trocadas para várias outras pessoas, sobre diversos temas, até porque o correspondente e o assunto não são importantes. O importante é a carta!

Ao folhear o livro à procura de uma carta em especifico, apercebi-me que falamos demasiado com toda a gente. Já ninguém abre uma carta (ou mesmo se preferirem um email) à espera de ver as novidades de alguém. Ficamos a saber que as batatas do farmville estão a precisar de ser regradas, que foi escolhido um sol como mod do dia, ou qualquer outra coisa do género.

Sou a favor da comunicação, mas estamos a comunicar tanto que se perde toda a magia de uma carta... uma simples carta, na qual um papel branco é tingido por uma linha de uma caneta, segundo o dançar de um pulso que quer contar algo que merece ficar imortalizado para a história...

Vá lá... Vamos abrir freneticamente a caixa do correio à espera daquela mensagem daquele alguém que está longe e vamos perder tardes inteiras, à sombra do alpendre a responder às cartas...

Por favor?...