terça-feira, maio 29, 2012

O que nos liga, não é optimus!

Estou brutalmente irritado. Mesmo... aliás, já nem sei quando foi a última vez que estive tão irritado!

Comprei um telemóvel Optimus Madrid (preto), no site da Optimus, através do sistema de pontos. E pronto, começou uma odisseia que parece estar longe de acabar... Primeiro que tudo, quando fazemos a compra de um aparelho no site deles, aparentemente a mensagem de confirmação abre em pop-up! Pop-up, aqueles coisas que todos os browsers da actualidade têm protecções para que não sejam abertos! Resultado, lá tive eu de ligar para a Optimus a perguntar se tinham recebido o pedido de encomenda... "Sim, recebemos o pedido e quando for expedido receverá um sms, a informa-lo do número de encomenda" (não foram estas as palavras mas foi isto qe foi dito). Passados tres dias, ligo de novo, dado que a ainda não foi enviado nada... mentira, claro que foi enviado, mas sms a avisar (como tinha sido dito), está quieto.

Pronto ok, duas falhas... Não! Parece que o estafeta dos CTT Expresso, nem se deu ao trabalho de vir cá a casa, vá de levar a encomenda para a estação de correios da minha área de residência... Não, não é passou e não estava ninguém, é mesmo não passou, porque nem aviso na caixa do correio me deixou, portanto eu tinha de adivinhar que o senhor sofreu uma dose de preguiça e não passou por cá! Mais uma vez ligo para a Optimus, que descarta-se completamente da situação, se o senhor não passou, azar o meu e eu que me lixe, que falte ao trabalho ou faça lá o que fizer (desde que não lhes dê trabalho), mas que vá hoje aos CTT, porque é o ultimo dia que a encomenda lá está!

Ok, 17.50, dez minutos para os CTT fecharem, estafado de correr, lá estou à espera que a conversa com os clientes acabe para eu levantar a encomenda (aquela que teoricamente não sei que lá está porque não fui avisado).

Adiante, ainda assim, suspiro fundo e dou as boas tardes, levanto a encomenda, pago, digo as boas tardes e vou feliz para casa... abro a encomenda e tenho um lindo Optimus Madrid Branco! BRANCO?!?!?!?!?! Mas eu pedi preto!!!!

Pois então que (mais uma vez) ligo para a Optimus! Como se não bastasse, para falar com o assistente pago 0.21€ e são necessárias duas tentativas, dado que da primeira a chamada foi abaixo (! eu de um Optimus, ligo para o meu centro de apoio a clientes e a chamada cai!!!!). Já por tudo, que seja, liga-se de novo, fala-se com o assistente muito simpaticamente porque não queremos ofender quem não tem culpa das coisas. E pronto, ao fim de todo o drama, a paciência esgota-se quando o senhor fica surpreendido quando eu pergunto se não posso trocar numa loja Optimus! Olha a lata, é uma loja, tem telemóveis e não fazem trocas de quando compramos uma coisa online? Quantas coisas é que já comprei numa Worten e troquei noutra diferente? Não! nem pensar, eu estou maluco (claro que o senhor não me chamou isto, era o que faltava)... se eu quero mandar para trás, vá de voltar à confusão dos correios (amanha claro) e devolver pelos correios para eles...

Em suma, Já lá vai semana e meia e ainda estou longe de ter a história acabada, dado que a reposição dos pontos apenas acontecerá quando a Optimus receber de novo a encomenda!

Epah, estou mesmo, mas mesmo tão passado! Mas mesmo tão passado!

sexta-feira, maio 11, 2012

Feira do Livro

Hoje foi dia de Feira do Livro (... para mim, para as outras pessoas já é há alguns dias e ainda vai ser durante o fim-de-semana). Foi a primeira vez, que fui à Feira do Livro e comprei efectivamente livros. Não foram muitos é verdade, mas está de acordo com a carteira e com os meus gostos... Estou contente ;)

domingo, maio 06, 2012

(des)Integração (Uma história vaga - II)

Em 2005, e mesmo antes, o desenho que aqui está ao lado, era o tipo de desenhos que me entretinham quando uma aula era demasiado chata para merecer a totalidade da minha atenção. Nunca soube a razão exacta de fazer estes desenhos, mas não sei fazer formas bonitas, nem sei fazer poemas, nem sei fazer nada do que as pessoas normalmente fazem numa aula demasiado chata para merecer a totalidade da nossa atenção. Penso que talvez tivesse sido esse um dos motivos para começar a fazer estas formas, mas mais do que isto, sentia que me acalmava, ao fazê-las. Era tranquilizante. Numa das aulas, perguntaram-me o que significava. Não sabia... não sei... São formas que me apetecem fazer quando estou aborrecido, triste, descontextualizado. Sugeri levar um dia aquelas formas a um psicólogo e pedir a opinião, mas nunca o fiz e hoje em dia, desenhar formas já não faz parte das minhas actividades. Apesar de não saber porque as fazia, porque me reconfortavam ou o que significavam, tenho um palpite da sua razão de ser. Segundo a pessoa que me perguntou o que significavam, sugeriu que fosse uma forma de expressão, na qual eu afirmava que não me conseguia encaixar no meu espaço. De facto, as extensões das formas tentam encaixar-se, mas sem sucesso.

O problema da integração é-me bastante crítico. É-me muito difícil sentir totalmente parte de um grupo e portanto são muito poucos os grupos que conseguem tal proeza, não que os grupos aos quais pertenço sejam discriminatórios ou algo relacionado, mas porque eu não me encaixo dentro deles. É um problema meu, uma falha minha!

Pior do que não me conseguir integrar num grupo, é passar a estar desintegrado de um grupo ao qual já pertenci. É estranho não conseguir encontrar os temas certos para aquela mesa de convívio, olhar para o relógio quase sistematicamente à espera que outras pessoas que nos acompanhem sintam que está na altura de voltar, sentir um desconforto gigantesco ao estar envolvido num evento que conheço desde que me conheço como partícula pensante. Ainda pior do que sentir essa desintegração, é ver que pouco mudou e aquilo que mudou deveu-se sobretudo ao tempo, esse idoso de barbas cinzentas, que faz soprar os ponteiros do relógio num ritmo mortalmente constante e desgastante.

É verdade que sei o que podia fazer para me voltar a integrar, mas sei, sem pesar muito, que não quero. O tempo afastou-nos, num contínuo espaço-tempo, em que o espaço é mais social do que físico. Não gosto dos temas das conversas, não gosto dos rituais, não gosto do tom! Não sou eu!

Tenho uma enorme tristeza desta distância. E tal como antes não sabia nenhuma forma de me expressar numa aula, hoje sinto ainda falta de um modo de expressar esta tristeza. Pelo menos escrita...


Recordo... Uma história vaga