domingo, agosto 28, 2011

Um mundo de Alphas em ascendência...

Vivemos num mundo competitivo. Toda a natureza é assim, apesar de raramente nos deixar ver essa faceta.

Sabe bem relaxar ao som de uma cascata longínqua, porém, à volta dessa cascata, toda a natureza, pelo menos aquela que é viva e que eu conheço melhor, está em luta. As plantas, no geral, lutam para terem mais um raio de sol que a sua vizinha, os animais por mais uma migalha de alimento, as bactérias, os vírus e muitos fungos por mais um hospedeiro que o alimente a custo reduzido, ...

A natureza está viva e compete. Aqui, quem não está pronto para lutar morre, aniquilado pelos seus vizinhos mais fortes.

A formação em biologia ensinou-me que estamos muito mais perto de seres selvagens pertencentes à natureza, do que aquilo que pensamos, ou que seria de desejar. Lembro-me hoje disto, porque vejo esta luta entre nós. Queremos ser mais engraçados que o outro, mais inteligentes, maiores (mesmo em termos físicos) e melhores no sentido geral. Aqueles que não lutam ou que apesar de lutarem não conseguem atingir os objectivos são friamente postos de lado. Somos selvagens para com nós mesmos!

Fico sem perceber qual o nosso lugar dentro dessa grande esfera natural. Se por um lado somos animais sociais, que dependem uns dos outros, e dependemos, por outro passamos todo o nosso tempo em luta. Provavelmente é essa mesma a ideia. A natureza procura a evolução e apesar de não desejar a perfeição, leva-nos a um óptimo ideal. Talvez a solução seja mesmo esta. A aniquilação dos menos aptos, ocorre nas nossas pequenas lutas, na escolha do perfume, nos óculos, no nosso carro, ou mesmo no gel de cabelo que usamos quando saímos de casa, para referir apenas as lutas que talvez seriam menos óbvias. Se calhar a natureza aproxima-nos para nós nos afastarmos, escolhendo quais os melhores e caminhando assim para o equilíbrio desta fisiologia natural.

Sou pelos mais fracos, pelos oprimidos e pelos renegados, talvez porque me sinto um deles, mas não me agrada ler esta sentença natural. Surge então uma outra dúvida: O que acontece a quem luta contra a corrente?

O mundo devia ser suficientemente grande para cabermos todos cá dentro...

sábado, agosto 27, 2011

1 ano

Hoje comemoro o meu primeiro ano de geocaching. Na verdade não faz hoje um ano que comecei a procurar os pequenos tesourinhos escondidos por aí. Hoje faz um ano que encontrei o meu primeiro tesourinho (ler post).

Ao fim de um ano de achados reconheço que o Geocaching fez algo em mim. Apesar de não ser um jogador nato e das minhas modestas 29 caches/ano estarem muito abaixo do que seria de esperar, sinto que estou um pouco diferente.

O Geocaching faz-me ir um pouco mais além. Procuro em mais uma pedra, atrás de mais uma árvore, vou mais fundo nos trilhos, ... Ontem foi a primeira vez que decidi não ir mais fundo, numa cache (Cave of Santa Margarida [GCA14F]), mas fica a promessa de lá voltar e ir quão fundo for necessário.

:)

segunda-feira, agosto 22, 2011

Líbia

A liberdade é um sentimento único e apesar de ainda haver muito para fazer, dou aqui os meus parabéns à Líbia... Esperemos que agora saibam desfrutar aquilo que conquistaram...

sábado, agosto 20, 2011

1º dia Mundial do Geocaching

Hoje comemora-se o 1º dia Mundial do Geocaching e eu estou em casa... a fazer correlação entre expressão de genes e qualidade de cortiça... Aff, tese malvada...

(ao menos está a chover... acho que escolhi um bom verão para escrever a tese :p)

sexta-feira, agosto 19, 2011

Bento XVI @ Madrid

Há pessoas que sempre que abrem a boca provocam reacções em mim...

No feed do Público, referente a uma noticia relativa à visita do tio Bento a Madrid, pode-se ler que «Bento XVI advertiu hoje sobre o que considerou serem os “abusos” de uma ciência “sem limites”, afirmando que quando se elimina toda a referência a Deus se pode chegar ao totalitarismo político. Pouco antes, o Papa tinha-se manifestado contra “o relativismo e a mediocridade”.»

Adorava começar por comentar a parte que se refere a uma "ciência sem limites", mas o artigo não define o que é ser "sem limites", porém, cego será aquele que acredita que a ciência se faz "sem limites". Apesar de responder a questões e necessidades do dia-a-dia, a ciência é feita por cientistas para cientistas e ofende-me o senhor ao considerar que eu não tenho capacidade intelectual para definir limites, considerando-me eu uma parte integrante da ciência.

Acho curioso o senhor considerar que sem referencia religiosas se chega ao totalitarismo politico, quando na idade média, a igreja tinha um poder total sobre a religião, saúde e politica dos diferentes reinos. Nenhum rei poderia em situação alguma contrariar uma posição do clero. Não deixa de ser irónico, mesmo aos dias de hoje, em que a igreja apesar de tantos seguidores elege soberanamente e o seu chefe, ou será que ele não é um totalitarista politico dentro do Vaticano (e infelizmente mesmo cá fora)? Porque razão quererá a igreja ter uma palavra a dizer em assuntos que não são da sua alçada? Não permito à minha vizinha que me venha cá a casa dizer em que pratos devo comer!

Aceito que o Papa se ache superior a todas as outras pessoas, já o mostrou em diversas ocasiões e agora voltou a afirma-lo. Até percebo o pobre desgraçado, porque na verdade não acredito que este tipo de pessoas (onde incluo por exemplo o Obama e outros afins) tenham plena consciência do mundo real, uma vez que vivem como que dentro de retomas, protegidos da verdadeira verdade (passo o pleonasmo) por todos os seus assessores. Ainda assim, quando temos uma posição prestigiante devemos ter muito cuidado com aquilo que dizemos. É muito fácil usar ouro e dizer-mos aos nossos súbitos que não aceitamos mediocridade. Tenho muita pena e sou sincero nisto, que ele não se lembre que a maioria dos seus seguidores são pessoas sem posses e que infelizmente têm de se contentar com aquilo que têm. E lamento imenso também, mas nem todos podem ser papas, da mesma forma que nem todos conseguimos ser bons, por mais que lutemos para ser melhores. Revejo neste discurso de Bento XVI mais mediocridade do que se tivesse sido um deficiente mental a fazê-lo, porque ao menos esse seria mais consciente daquilo que é. Ao fim e ao cabo, todos somos humanos!

quarta-feira, agosto 17, 2011

Pipocas com música

Estão sentados no cinema, a ver um filme (normalmente de época) onde um herói tem de levar algo de um sitio seguro até a um destino longínquo, onde pelo caminho imensos problemas podem acontecer. Na segunda metade do filme, haverá uma cena em que o plano é gravado de cima, vê-se no canto inferior esquerdo do ecrã o homem a aparecer de cavalo, acabado de subir a última montanha antes de atingir a meta. Nesta altura, a música que toca pelas colunas é assim como que majestosa, com uma orquestra brilhante e um coro de cortar a respiração.

Seja qual for este filme, desde que estes acontecimentos se encaixem, eu gostarei dele... Nem sempre tanto pelo filme em si ou pela história, mas pela música. Um grande épico de Hollywood tem sempre de ter uma grande orquestra com um majestoso coro.

segunda-feira, agosto 15, 2011

Lagoa de Valdera

Se logo depois de saimos da vila virarmos à direita, somos convidados a subir a ponte que passa por cima do caminho de ferro, após a qual, a descida tem de ser feita com a mão no travão para virarmos sem demoras à esquerda. Cerca de 100 metros depois, chegamos ao fim da estrada de alcatrão (que coincide, imagina-se, com o inicio da estrada de terra).

A partir daqui estamos no campo. Casas de campo, terrenos livres, cães a ladrar, ovelhas e vacas a pastar. Estamos a pouco mais de 1km do centro da vila, mas em pleno campo, tendo como banda sonora o som dos aspersores.

Várias curvas, contracurvas, mas sobretudo subidas e descidas, chegamos à estrada agreste que nos conduz a uma lagoa sem nome, baptizada pelos aventureiros da viagem. Aqui não há ovelhas, não há casas, não há aspersores. Aqui vemos a presença humana na linha do comboio atrás de nos, que apesar de passar pouco, passa depressa, tão depressa que arrepia, com o seu som ensurdecedor. Há ainda a vedação a marcar a propriedade de alguém, como se a propriedade fosse mais importante que a vista.

Ali ao fundo, pássaros banham-se na lagoa, descontraídos, neste recanto remoto, onde quase ninguém chega e onde quem passa, passa dentro de carruagens apressadas...

terça-feira, agosto 09, 2011

Colencionam-se gostos

Não sei há quanto tempo tenho facebook, mas fui acumulando vários Gostos em várias páginas. No início não percebia bem aquela coisa estranha e portanto "gostava" de tudo o que eu de facto gostava. Mas era apenas por isso mesmo, porque gostava do produto e não para receber publicidade atrás de publicidade no meu perfil.

Eu já "gostava" de tanta coisa, que nestes últimos tempos parecia que toda a gente tinha desaparecido do facebook, porque o mural quase só já apresentava publicidades a páginas.

Como gosto muito pouco de andar a ver publicidade gratuita, agora já "não gosto" de quase nada, a não ser duas ou três páginas que gosto mesmo e que quero mesmo receber publicidade... e do nada, as pessoas apareceram de novo no facebook... Yupi...

domingo, agosto 07, 2011

He is running

Hoje apercebi-me que a vida passa a correr. Não à muito tempo, estava sentado numa das salas do 1º andar do edifício C da Escola Secundária cá da terra, tendo pela frente a psicóloga educacional da escola. Num projector já velho, preto e vermelho, assentava-se um acetato cuja projecção revelava as diversas etapas do ensino português, desde a Escola Primária, até ao fim de um Doutoramento. Lembro-me de, com os meus 14 anos, pensar "bolas, até eu estar despachado disto e chegar lá ao topo vão ser precisos ainda imensos anos". De facto, estar no 9º ano é como estar a meio de uma escadaria.

Hoje estou a escrever a minha dissertação de mestrado, que será entregue, se tudo correr bem, dentro de menos de 2 meses. Está bem que não cheguei ainda ao topo, mas está tão quase...

sexta-feira, agosto 05, 2011

Siga...

Bem... mas lá trabalhar para amanha poder pensar em talvez fazer geocaching ou ir andar de bicicleta...