segunda-feira, agosto 15, 2011

Lagoa de Valdera

Se logo depois de saimos da vila virarmos à direita, somos convidados a subir a ponte que passa por cima do caminho de ferro, após a qual, a descida tem de ser feita com a mão no travão para virarmos sem demoras à esquerda. Cerca de 100 metros depois, chegamos ao fim da estrada de alcatrão (que coincide, imagina-se, com o inicio da estrada de terra).

A partir daqui estamos no campo. Casas de campo, terrenos livres, cães a ladrar, ovelhas e vacas a pastar. Estamos a pouco mais de 1km do centro da vila, mas em pleno campo, tendo como banda sonora o som dos aspersores.

Várias curvas, contracurvas, mas sobretudo subidas e descidas, chegamos à estrada agreste que nos conduz a uma lagoa sem nome, baptizada pelos aventureiros da viagem. Aqui não há ovelhas, não há casas, não há aspersores. Aqui vemos a presença humana na linha do comboio atrás de nos, que apesar de passar pouco, passa depressa, tão depressa que arrepia, com o seu som ensurdecedor. Há ainda a vedação a marcar a propriedade de alguém, como se a propriedade fosse mais importante que a vista.

Ali ao fundo, pássaros banham-se na lagoa, descontraídos, neste recanto remoto, onde quase ninguém chega e onde quem passa, passa dentro de carruagens apressadas...

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