terça-feira, julho 31, 2012

Jogos Olímpicos

O desejo de superação está sempre muito presente em nós. Queremos ganhar mais, mais férias, mais isto e mais aquilo. No caso dos jogos olímpicos queremos mais records, mais medalhas, mais esforços.

A verdade é que a evolução da condição humana não é nem poderia ser tão rápida como aquela que ambicionados. Um record não é uma marca média que se obtém, mas sim o extremo da capacidade humana. É desumano exigir que um atleta consiga sempre atingir o seu record pessoal, ou o record nacional. O record foi atingido uma vez e pronto, ficou marcado como a melhor marca alguma vez alcançada. Por maior que seja o esforço, não se pode atingi-la de novo a cada nova tentativa.

Além do mais, nenhum dia de trabalho é mais perfeito que o anterior, tal como um exame não tem de correr sempre melhor que o outro. Há dias melhores e há dias piores. No caso dos Jogos Olímpicos, há apenas e somente um dia, um minuto, alguns segundos. Todos são profissionais, todos têm as mesmas condições e todos deviam ser isentos à pressão... claro que quem está a ver no sofá, de férias, esquece-se que todos são também humanos, que todos chegaram onde apenas uma pequena quota parte da população do mundo chega.

Sou pelos atletas, não porque treinam em piores condições, mas porque se esforçam. Ninguém é atleta por um país, mas sim pela sua própria vontade. Nenhum deles tem de nos dar nada e nenhum nos deve nada. Vão lá porque gostam e serão os seus piores críticos nas suas falhas. Somos nós quem temos a obrigação de lhes agradecer por terem levado a nossa bandeira lá, apesar de nem sempre ela ter sido hasteada tão alto quando gostaríamos!


Postado originalmente na resposta ao post d'O Arrumadinho: A missão olímpica e as férias

quinta-feira, julho 26, 2012

Oi? O que é isto?!?!?

Quando faço login no blogger, aparecem-me as últimas mensagens dos outros companheiros de viagem que tenho subscrito. A mensagem mais recente é d'O Arrumadinho, que postou a capa da Playboy... A segunda mais recente é do blog oficial do Geocaching onde aparece uma imagem de uma personagem a retirar uma geocoin de uma cache, o que no seguimento da Playboy me pareceu que era uma foto de alguém com um preservativo na mão!

Confesso que demorei alguns segundos a olhar feito parvo para o ecrã, a pensar como raio tinha eu entrado num blog alheio, dado que eu não tenho (supostamente) nada com pornografia aqui!

Acho que estou capaz de ir dormir durante uma semana seguidinha, que isto só pode ser do cansaço...

sexta-feira, julho 13, 2012

Expectativas da saúde

Se a genética estiver certa, há uma gigantesca probabilidade de vir a contrair uma doença neuro-degenerativa, daqui a umas décadas. Numa conversa de café o tema veio à toa e falámos de possíveis agentes que podem acelerar ou atenuar os efeitos do problema.

Para rematar a conversa, o meu irmão sugere que no futuro a doença terá tratamento se não mesmo cura. Segundo ele estamos (no conceito de humanidade) muito perto de alcançar essas descobertas. E aqui comecei a acelerar as minhas sinapses...

Como investigador, tento estar atento às descobertas que se vão fazendo, e apesar de não trabalhar com humanos, procuro manter-me informado nestas áreas. Sei que está a haver uma forte intendência de investigação em diversas áreas como o cancro, por exemplo. Alias, durante a minha licenciatura e num trabalho, constatei que cerca de 50% dos ensaios clínicos a decorrer no mundo são dirigidos a cancro. Passei a supor que uma cura estaria para perto. Ainda assim esta expectativa apenas pode ser aceitável para quem está a ver o problema de fora... Apesar de perto, não acho que chegue a nós no espaço de um mês, nem 2 meses, nem mesmo 2 anos.

Ainda que possamos acreditar que num futuro (a médio ou longo prazo) possamos estar livres destas doenças, a verdade é que teremos de morrer um dia. A diferença acaba por ser entre morrer de uma doença conhecida ou da doença chamada velhice, que se descobrirá um dia ser algo em específico, será batizada com o nome do seu investigador, alvo de toneladas de artigos científicos e, dentro de décadas, será anunciada a sua cura, para que possa por sua vez ser trocada por outra doença.

Expectativas para baixo, que o futuro será pelo menos igual ao presente.

quinta-feira, julho 12, 2012

Definitivamente o que nos liga não é Optimus

Quando se decide ir ou não ir a um festival de verão, na sua totalidade ou apenas numa das datas escolhidas, tem-se em atenção diversos factores, entre eles o cartaz. Um dia de um festival de Verão resulta, porque tem um conjunto de bandas que foram pensadas e alinhadas de forma a convencer um grupo-alvo. Um dia de festival não é apenas um conjunto de concertos, mas sim um pack organizado. Se uma banda falha, o dia não é igual, nem tão pouco próximo do que era esperado.

Ao festival Optimus Allive'12, estava previsto que Florence + The Machine subissem ao palco dia 14. Agora, foi anunciado a 3 dias do evento que a banda cancelou a sua passagem por Portugal por motivos de doença. O dia 14 deixa de ter o arranjo que tinha e a vaga será ocupada por uma qualquer banda que seja menos mal e que tenha ainda um espaço livre na agenda (a 3 dias do concerto)... certamente que as expectativas não podem subir muito, dado que se a banda fosse boa, não seria um plano B.

Ora, da mesma forma que quando compro um carro quero-o com vidros, portas, acentos, rodas e tudo o mais que o compõe, quando compro um bilhete para um dia de um festival compro para tudo o que compõe esse festival. Assim sendo, se por qualquer motivo, alheio ou não à organização, há uma alteração, considero que tenho todo o direito de reaver o meu dinheiro de volta, em troca da devolução do bilhete. Se não, eu também posso anunciar um concerto de uma banda qualquer famosa e depois no dia digo que afinal vou cantar eu!

Neste momento, aguardo que a empresa Everything is New me indique onde posso apresentar queixa no livro de reclamações, dada a sua falta de racionalidade e de compreensão neste assunto...

quarta-feira, julho 11, 2012

Game on

Sou muito prático no que toca a entretenimento: Tem de entreter. Não é pedir muito, certo? Porém, apenas me sinto entretido em coisas que estejam ao meu alcance. Por muito interessante que seja um programa de TV, não me entretém minimamente se a TV estiver desligada, ou se estiver num idioma qualquer que eu desconheça. Da mesma forma, se estiver a jogar um jogo e não conseguir ultrapassar um certo nível, o jogo é rapidamente desinstalado ou bloqueado (no caso do Facebook). E o mais aborrecido na história é que isto tem acontecido várias vezes.

Hoje, brilhante como eu sou e com o meu cérebro a fumegar com tanto curto-circuito que acontece cá dentro, apercebi-me que não sou eu que não é capaz de ultrapassar os níveis... São os próprios níveis que são demasiado difíceis para serem ultrapassados (por qualquer pessoa inteligente, como eu).

terça-feira, julho 10, 2012

Lux

Há já muito tempo que os anúncios de rádio da revista Lux me deixam perplexo, tal é a falta de bom senso das pessoas envolvidas em tal publicação.

Num anúncio de há uns tempos atrás, ouvia-se algo do género "conheça a vida privada de"... Ora se é privado, não tem nada de estar escarrapachado numa revista para toda a gente ver. Alias, o dicionário Priberam é bastante claro neste aspeto e quando pesquisamos por privado aparece que PARTICULAR ≠ PÚBLICO.

Mais recentemente, a voz do anúncio faz saber que Cristiano Ronaldo e companheira tentam manter a identidade do filho em privado e longe dos olhares do público e das revistas, mas (continua a voz) ainda assim é possível ver algumas imagens caso a revista se compre.

Considero de muito mau tom que se faça uma perseguição cercada à vida das outras pessoas. Já disse em outros posts que não considero que as nossas ações em público possam ser consideradas privadas, porém, tem de haver limites para tudo.

Abelhudos como são, em muitas ocasiões de destaque, como manifestações, é ver colegas a partilhar solidariamente imagens de câmaras partidas, puxões de cabelo e coisas do género. Afirmam como se soubessem do que falam, que a missão deles é informar, e até pode ser, mas não por ser missão minha investigar, que vou esventrar pessoas em nome da ciência.

Faz falta uma revista com o intuito exclusivo de perseguir a vida privada, destes jornalista-abutres, para lhes mostrar que a privacidade tem um valor muitos mais alto do que o valor mensal auferido pela revista.

sábado, julho 07, 2012

Resmunguices

Vou-me assumir: Sou um resmungão!

Alias, qualquer dia o Google aconselha-me a mudar o título do blog para Resmunguices...

A afirmação é lógica para algumas das pessoas que acompanham o blog (se é que está desse lago alguém...? Hello? Alguém? Knock Knock...?). Alias, eu próprio já sabia disto, ou pensam que foi à toa que criei uma etiqueta chamada reclamações(?), porém, essa etiqueta já tem 38 mensagens (a contar com esta ~ 41% das mensagens do blog).

Treta do moço que nunca está bem com a vida! E eu que digo sempre a tanta gente para sossegar e parar de refilar. Imaginem quando eu tiver 92 anos! Ninguém me atura! Acho que nessa altura vão legalizar a eutanásia... assim se me dar uma pancada de recorrer ao serviço, pimba, acaba-se logo com a resmunguice sem problemas.

Pronto, agora que já reclamei com as minhas reclamações, deixamos o post por aqui... :)

terça-feira, julho 03, 2012

Made in

Há pessoas detestáveis como o raio. Uma dessas pessoas é o Pedro Boucherie Mendes (actual director de programas da SIC, ou coisa parecida), que, desgraçado do homem, desta vez até disse umas coisas acertadas, mas não apaga a imagem que tenho dele... temos pena.

Então, o Pedro (escrito só assim até parece que estou a contar a história de Pedro e o Lobo... adiante... o Pedro), na última vez que esteve sentado no sofá das muitas para a uma da manhã, na RTP1, ao responder a uma pergunta que lhe foi formulada, afirmou que as pessoas não compram um produto por ele ser português, mas sim por ser bom. Ora, concordo totalmente com a observação dele e com a atitude das pessoas. De facto, se eu tiver um produto melhor de outra nacionalidade, por muito patriota que eu seja, não me torno subitamente parvo!

Outra pessoa detestável é o Pedro Abrunhosa. Não há a mínima pachorra para ouvir o raio do homem a falar sistematicamente da música portuguesa. Ora porque as pessoas não ouve e deviam ouvir, ora porque deviam ouvir e não ouvem. Se ele não mudasse de óculos a cada gala do Ídolos, diria que ele tinha lá ido no primeiro dia e daí para a frente tinham-se limitado a repetir a gravação.

Recordo-me várias vezes da Sónia Tavares, vocalista da banda portuguesa The Gift. Numa das primeiras entrevistas que ouvi esta banda dar, na antena 3 (quando estavam a aparecer), foi-lhe pedida a sua opinião sobre a lei que se debatia na altura, em que as rádios seriam obrigadas a uma quota diária de musica portuguesa (alias, penso ser a lei actualmente em vigor). Como se estivesse a ser muito inteligente (e pelo menos feliz não foi), a Sónia Tavares respondeu que isso tinha de vir era do povo, porque no caso dos The Gift(e estou ainda a re-transmitir a resposta dela), a música era de tão boa qualidade que se as pessoas não queriam ouvir era porque não percebiam! Não, não e claro que não! Esta é uma atitude ingénua. Se for bom, as pessoas querem realmente ouvir e aí sim, passa na rádio. Se não passa, não é bom!

Dirá também um crítico de cinema que os filmes comerciais deviam ser desconsiderados em detrimento dos filmes de culto, mas, na verdade, são os comerciais que batem records de bilheteira. Sim, a música dos The Gift, ou os filmes de culto, podem estar mais bem construídos, podem ter mais conteúdo, podem ter técnicas soberbas e bem utilizadas, mas o objectivo não é ser bom... é entreter!

Dito isto, faço ainda notar que 51% dos artistas listados na minha biblioteca musical são portugueses e este post foi escrito ao som de música portuguesa. Por razões lógicas, Pedro Abrunhosa e The gift não estão presentes na minha lista de música...