sexta-feira, julho 13, 2012

Expectativas da saúde

Se a genética estiver certa, há uma gigantesca probabilidade de vir a contrair uma doença neuro-degenerativa, daqui a umas décadas. Numa conversa de café o tema veio à toa e falámos de possíveis agentes que podem acelerar ou atenuar os efeitos do problema.

Para rematar a conversa, o meu irmão sugere que no futuro a doença terá tratamento se não mesmo cura. Segundo ele estamos (no conceito de humanidade) muito perto de alcançar essas descobertas. E aqui comecei a acelerar as minhas sinapses...

Como investigador, tento estar atento às descobertas que se vão fazendo, e apesar de não trabalhar com humanos, procuro manter-me informado nestas áreas. Sei que está a haver uma forte intendência de investigação em diversas áreas como o cancro, por exemplo. Alias, durante a minha licenciatura e num trabalho, constatei que cerca de 50% dos ensaios clínicos a decorrer no mundo são dirigidos a cancro. Passei a supor que uma cura estaria para perto. Ainda assim esta expectativa apenas pode ser aceitável para quem está a ver o problema de fora... Apesar de perto, não acho que chegue a nós no espaço de um mês, nem 2 meses, nem mesmo 2 anos.

Ainda que possamos acreditar que num futuro (a médio ou longo prazo) possamos estar livres destas doenças, a verdade é que teremos de morrer um dia. A diferença acaba por ser entre morrer de uma doença conhecida ou da doença chamada velhice, que se descobrirá um dia ser algo em específico, será batizada com o nome do seu investigador, alvo de toneladas de artigos científicos e, dentro de décadas, será anunciada a sua cura, para que possa por sua vez ser trocada por outra doença.

Expectativas para baixo, que o futuro será pelo menos igual ao presente.

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