segunda-feira, dezembro 10, 2012

A UE e o seu Prémio Nobel da Paz

Provavelmente a esta hora já a União Europeia tem a seu cargo o Nobel da Paz de 2012. Há 3 anos assisti perplexo à entrega do mesmo galardão a Barack Obama. Entre muitas vozes de contestação, lá iam dizendo que o prémio era atribuído por aquilo que se esperava que Barack fizesse. E hoje continuamos à espera.

Sempre olhei para os prémios Nobel, como uma distinção única do trabalho que uma pessoa ou entidade tinha feito no seu passado. Este não era um prémio entregue, mas O Prémio.

Ao olhar para as escolhas no que toca a Nobel da Paz dos últimos tempos, das duas uma: Ou o comité cometeu pela segunda vez um erro gigantesco ou a paz no mundo está seriamente posta em causa.

domingo, dezembro 09, 2012

Hoje há magia na terra

Eu não acredito em magia, porque... ela não existe. Não falo de momentos, beijos ou sentimentos mágicos, mas sim de um mundo paralelo onde os feitiços são presentes. Falo de Hobbits com Aneis, Harry Potters, Aprendizes de Feiticeiros ou mesmo de histórias Era uma Vez.

Apesar de não acreditar, adorava viver num mundo assim, mágico e encantado. Não considero que esse mundo fosse um lugar mais fácil para se viver, onde a felicidade abundasse. Acho sim, que seria um mundo muito parecido com o nosso, mas muito mais interessante.

Numa noite como a de hoje, Narcisa Malfoy iria certamente visitar Severo Snape para o pacto inquebrável. Numa noite como a de hoje, as bruxas sairiam à rua para os seus rituais, as árvores no bosque mexer-se-iam para quebrar a sua hipnose e as águas do rio parariam de correr, cansadas do seu ritmo incessante. Seria numa noite como a de hoje, que os feiticeiros e feiticeiras se iriam revelar aos Muggles do seu mundo. Numa noite como a de hoje, São Sebastião remaria no seu barco rumo ao Algarve, regressando ao seu povo.

Numa noite como a de hoje, com aquele nevoeiro lá fora que me deixa ver pouco mais que um metro à minha frente e que até a luz do candeeiro trava uma batalha contra a neblina, volto a ligar o computador apenas para escrever um post.

quinta-feira, novembro 08, 2012

Encontros imediatos com situações do tipo "oi?" (#1)

Ter um site na Internet tem coisas giras. Por curiosidade fui ver as estatísticas do Google para o blog de cinema que administro (passo a publicidade com este link) e descobri que dia 14 de Outubro uma pessoa acedeu ao site depois de pesquisa «cenas eroticas em filmes classificação 16»! Claro que a visita demorou apenas cerca de 20 segundos...

quarta-feira, novembro 07, 2012

Faturas? Agora e para sempre (amen)!

Segundo um relato no Facebook de uma figura pública que prezo muito, parece que as multinacionais dos centros comerciais estão a levantar problemas na emissão de faturas. Recordo-me que recentemente também vi, na mesma rede social, grupos de pessoas a pedirem para que este Natal façamos compras no comercio local ou através daquelas pessoas que têm pequenas lojas de artesanato online. Como não gosto de radicalismos, afirmar que irei preocupar-me com estas duas coisas, espezinhar quilómetros de calçada à procura da loja tradicional certa ou chatear-me para conseguir o meu produto desejado de uma pessoa que não conheço de lado nenhum, é coisa que não posso fazer. Ainda assim, assumo o compromisso de passar a pedir fatura sempre que adquirir um produto numa marca internacional ou grande superfície.

No fundo, lembro-me de um slogan do Ministério das Finanças de há uns tempos: Se todos pagarmos, todos pagamos menos... e no estado que as coisas estão, temos de começar por acreditar.

segunda-feira, outubro 08, 2012

GymAdventure - Episódio 1 (Pre-Mortem)

Estou vivo! É incrível, não é? Incrível, mas verdade. Consta que é possível que esteja a morrer progressivamente e que só sinta isso amanha de manhã. Anda assim e contrariamente a todas as expectativas ainda mexo!

O pior é que a minha sanidade mental parece não dar sinais de melhoria: Não só me levou a inscrever, como me levou a ir, e ainda mais surpreendentemente (em relação a eu estar vivo), é que eu até gostei daquilo.

Se isto não é sinal do Apocalipse, meus amigos, temos a prova de que eu fui raptado por ETs.

sexta-feira, outubro 05, 2012

GymAdventure - Episódio 0

A Filomena Cautela bem que te vindo a anunciar, no mural do Facebook dela, o aproximar do Apocalipse. Para aqueles que tinham dúvidas, preparem as vossas mentes para verem essas dúvidas a desvanecerem-se: Inscrevi-me num ginásio!

(momento de pausa para que consigamos todos digerir o choque... sim, todos, porque eu mesmo ainda estou perplexo com isto!)

Eu, MrBiogene! Um tipo que detesta desportos, que acha que o melhor desporto da vida é estar deitado no sofá a respirar (é que nem sequer é a fazer zapping!!), inscreveu-se numa coisa onde se vai matar! Ai valham-me os santinhos todos, os deuses gregos, os romanos e todas as energias psico-esganifobéticas! Eu sabia que um dia acordava e estava louco! Pronto, foi hoje! Eu dizia que para ser cientista louco já me faltava pouco... agora já não falta nada... nadinha...! Avariei, pronto acontece a qualquer marca e a minha cabeça já andava a mostrar sinais de curto-circuito...

Já mostrei o meu ponto de vista? Está muito bem claro que me considero altamente passado-dos-carretos?

Mas calma: ainda houve uma pontinha-inha de racionalidade. Aqui o DrCrazy apenas se inscreveu, não fez logo a primeira sessão. Isso é que era bom: ver voar a mensalidade da carteira e ainda ter de dar o corpo ao manifesto! Nada disso, a loura da inscrição primeiro e depois na segunda-feira logo passamos à tortura episódio 2!

Amiguinhos, gosto muito de todos vocês, mas é possível que não consiga sobreviver a este calvário na segunda-feira, por isso, se deixa de postar coisas... **pooff**!

quarta-feira, setembro 12, 2012

Segredos

Na época em que no cimo das escadas as histórias eram contadas, depois da paragem no grande salão que escondia o chocolate de amêndoas no bar não utilizado, foi-me dito que os segredos têm de ser guardados como guardamos o nosso coração e que devemos lutar para os manter assim, secretos, como se disso dependesse a nossa vida.

Acho que aprendi bem a lição, mas deviam ter-me dito na altura que ás vezes as pessoas ficam chateadas por nós não lhes contarmos. Será difícil de perceber que os segredos são secretos? É como termos uma caixinha de magia limitada: se tirarmos parte da essência a magia deixa de funcionar e mais cedo ou mais tarde a própria essência acaba-se. A confiança custa imenso a ganhar para que a possamos desperdiçar... Vá lá, não é difícil de perceber, basta pensar!

terça-feira, setembro 11, 2012

Escuta!

Música. A essência de uma cultura, de um modo de vida e de uma imaginação sem limites. Se o livro é a janela para o mundo, a musica é a máquina do tempo e do espaço que nos transporta do aqui e agora para um outro lugar noutro momento. Se os livros são a janela para o mundo, a música é a brisa livre que a atravessa. Sabendo exatamente onde estamos, pairamos num cosmos de sentimentos já esquecidos, e só recordados com o som continuo de cada nota previamente escolhida por quem partilhou o seu dom magico. A música é magia da verdadeira, sem ilusões. A música é paixão, é riso e tristeza, é saudade... é parte uma parte da vida!

segunda-feira, setembro 10, 2012

Xiu, ainda é segredo!

Entre a vontade de querer e a vontade de não querer revelar uma novidade, vão nascendo pequenas fotos, pequenos segredinhos, pequenas pontas do véu que são levantadas. Sei do que falo, dos 2 ângulos, porque neste mesmo blog faço muito isso... por outro lado também assisto a isto na vida real. O meio dizer, a meia palavra.

Queremos divulgar a novidade, mas e se não for um acontecimento bem recebido? E se as outras pessoas não perceberem a intenso? E se alguém levar a mal?

Apesar do exemplo que me levou a escrever este post não me dizer respeito, dado que sou o espetador, faz-me lembrar a minha possível vontade de querer ganhar asas e sair: Apetece-me sair de casa... vou preparando o terreno porque não quero admitir que esta na hora. Pode não ser um ideia bem recebida. Se eu mesmo tenho receio que não dê certo, para que dizer ao mundo? E se falhar?

Será que a omissão provem do medo?

quarta-feira, agosto 15, 2012

Consegui!

Acompanho alguns outros companheiros de estrada. Uns pela escrita, outros pela imagem, a verdade é que tenho amiguinhos desconhecidos espalhados pelo mundo interativo. De tempos a tempos, um destes companheiros esbarra-se numa marca importante. De tempos a tempos, quando essa marca é atingida, o conteúdo da transmissão muda, daquilo que me faz acompanhar aquela viagem, para uma celebração da marca atingida.

Como acho que é da essência que vem a vontade de conhecer a próxima mensagem da outra pessoa, prometi-me a mim mesmo que não ia alterar o meu centésimo post, com uma mensagem a assinar essa marca.

E já está: Não só não assinalei essa etapa, como escrevi um post sobre uma situação ligada a essa etapa (e não sobre ela) e tudo isto, num post que já não é o post 100.

terça-feira, agosto 14, 2012

Só!

Por vezes fico só. Não que eu viva normalmente rodeado de pessoas, nem é o caso de eu ser muito sociável, aliás, pelo contrário: preciso muitas vezes dos meus momentos a sós, onde me possa perder no interior da minha caixa do NADA. Porém, há momentos em que olho à minha à minha volta e não está lá ninguém, tal como sei que não estará ninguém do outro lado do telemóvel, tal como sei que ninguém responderá do outro lado do chat, seja ele qual for, e tal como sei que o Facebook vai-se manter por alguns bons e longos momentos sem nenhuma novidade. Estou só!

Não é um estado que me inquiete. Sei que é temporário e por isso sorrio-lhe, contemplo este estado, este momento, esta solidão.

Nestes minutinhos em que o mundo não me quer, deixo o mundo... também eu não o quero a ele!

terça-feira, julho 31, 2012

Jogos Olímpicos

O desejo de superação está sempre muito presente em nós. Queremos ganhar mais, mais férias, mais isto e mais aquilo. No caso dos jogos olímpicos queremos mais records, mais medalhas, mais esforços.

A verdade é que a evolução da condição humana não é nem poderia ser tão rápida como aquela que ambicionados. Um record não é uma marca média que se obtém, mas sim o extremo da capacidade humana. É desumano exigir que um atleta consiga sempre atingir o seu record pessoal, ou o record nacional. O record foi atingido uma vez e pronto, ficou marcado como a melhor marca alguma vez alcançada. Por maior que seja o esforço, não se pode atingi-la de novo a cada nova tentativa.

Além do mais, nenhum dia de trabalho é mais perfeito que o anterior, tal como um exame não tem de correr sempre melhor que o outro. Há dias melhores e há dias piores. No caso dos Jogos Olímpicos, há apenas e somente um dia, um minuto, alguns segundos. Todos são profissionais, todos têm as mesmas condições e todos deviam ser isentos à pressão... claro que quem está a ver no sofá, de férias, esquece-se que todos são também humanos, que todos chegaram onde apenas uma pequena quota parte da população do mundo chega.

Sou pelos atletas, não porque treinam em piores condições, mas porque se esforçam. Ninguém é atleta por um país, mas sim pela sua própria vontade. Nenhum deles tem de nos dar nada e nenhum nos deve nada. Vão lá porque gostam e serão os seus piores críticos nas suas falhas. Somos nós quem temos a obrigação de lhes agradecer por terem levado a nossa bandeira lá, apesar de nem sempre ela ter sido hasteada tão alto quando gostaríamos!


Postado originalmente na resposta ao post d'O Arrumadinho: A missão olímpica e as férias

quinta-feira, julho 26, 2012

Oi? O que é isto?!?!?

Quando faço login no blogger, aparecem-me as últimas mensagens dos outros companheiros de viagem que tenho subscrito. A mensagem mais recente é d'O Arrumadinho, que postou a capa da Playboy... A segunda mais recente é do blog oficial do Geocaching onde aparece uma imagem de uma personagem a retirar uma geocoin de uma cache, o que no seguimento da Playboy me pareceu que era uma foto de alguém com um preservativo na mão!

Confesso que demorei alguns segundos a olhar feito parvo para o ecrã, a pensar como raio tinha eu entrado num blog alheio, dado que eu não tenho (supostamente) nada com pornografia aqui!

Acho que estou capaz de ir dormir durante uma semana seguidinha, que isto só pode ser do cansaço...

sexta-feira, julho 13, 2012

Expectativas da saúde

Se a genética estiver certa, há uma gigantesca probabilidade de vir a contrair uma doença neuro-degenerativa, daqui a umas décadas. Numa conversa de café o tema veio à toa e falámos de possíveis agentes que podem acelerar ou atenuar os efeitos do problema.

Para rematar a conversa, o meu irmão sugere que no futuro a doença terá tratamento se não mesmo cura. Segundo ele estamos (no conceito de humanidade) muito perto de alcançar essas descobertas. E aqui comecei a acelerar as minhas sinapses...

Como investigador, tento estar atento às descobertas que se vão fazendo, e apesar de não trabalhar com humanos, procuro manter-me informado nestas áreas. Sei que está a haver uma forte intendência de investigação em diversas áreas como o cancro, por exemplo. Alias, durante a minha licenciatura e num trabalho, constatei que cerca de 50% dos ensaios clínicos a decorrer no mundo são dirigidos a cancro. Passei a supor que uma cura estaria para perto. Ainda assim esta expectativa apenas pode ser aceitável para quem está a ver o problema de fora... Apesar de perto, não acho que chegue a nós no espaço de um mês, nem 2 meses, nem mesmo 2 anos.

Ainda que possamos acreditar que num futuro (a médio ou longo prazo) possamos estar livres destas doenças, a verdade é que teremos de morrer um dia. A diferença acaba por ser entre morrer de uma doença conhecida ou da doença chamada velhice, que se descobrirá um dia ser algo em específico, será batizada com o nome do seu investigador, alvo de toneladas de artigos científicos e, dentro de décadas, será anunciada a sua cura, para que possa por sua vez ser trocada por outra doença.

Expectativas para baixo, que o futuro será pelo menos igual ao presente.

quinta-feira, julho 12, 2012

Definitivamente o que nos liga não é Optimus

Quando se decide ir ou não ir a um festival de verão, na sua totalidade ou apenas numa das datas escolhidas, tem-se em atenção diversos factores, entre eles o cartaz. Um dia de um festival de Verão resulta, porque tem um conjunto de bandas que foram pensadas e alinhadas de forma a convencer um grupo-alvo. Um dia de festival não é apenas um conjunto de concertos, mas sim um pack organizado. Se uma banda falha, o dia não é igual, nem tão pouco próximo do que era esperado.

Ao festival Optimus Allive'12, estava previsto que Florence + The Machine subissem ao palco dia 14. Agora, foi anunciado a 3 dias do evento que a banda cancelou a sua passagem por Portugal por motivos de doença. O dia 14 deixa de ter o arranjo que tinha e a vaga será ocupada por uma qualquer banda que seja menos mal e que tenha ainda um espaço livre na agenda (a 3 dias do concerto)... certamente que as expectativas não podem subir muito, dado que se a banda fosse boa, não seria um plano B.

Ora, da mesma forma que quando compro um carro quero-o com vidros, portas, acentos, rodas e tudo o mais que o compõe, quando compro um bilhete para um dia de um festival compro para tudo o que compõe esse festival. Assim sendo, se por qualquer motivo, alheio ou não à organização, há uma alteração, considero que tenho todo o direito de reaver o meu dinheiro de volta, em troca da devolução do bilhete. Se não, eu também posso anunciar um concerto de uma banda qualquer famosa e depois no dia digo que afinal vou cantar eu!

Neste momento, aguardo que a empresa Everything is New me indique onde posso apresentar queixa no livro de reclamações, dada a sua falta de racionalidade e de compreensão neste assunto...

quarta-feira, julho 11, 2012

Game on

Sou muito prático no que toca a entretenimento: Tem de entreter. Não é pedir muito, certo? Porém, apenas me sinto entretido em coisas que estejam ao meu alcance. Por muito interessante que seja um programa de TV, não me entretém minimamente se a TV estiver desligada, ou se estiver num idioma qualquer que eu desconheça. Da mesma forma, se estiver a jogar um jogo e não conseguir ultrapassar um certo nível, o jogo é rapidamente desinstalado ou bloqueado (no caso do Facebook). E o mais aborrecido na história é que isto tem acontecido várias vezes.

Hoje, brilhante como eu sou e com o meu cérebro a fumegar com tanto curto-circuito que acontece cá dentro, apercebi-me que não sou eu que não é capaz de ultrapassar os níveis... São os próprios níveis que são demasiado difíceis para serem ultrapassados (por qualquer pessoa inteligente, como eu).

terça-feira, julho 10, 2012

Lux

Há já muito tempo que os anúncios de rádio da revista Lux me deixam perplexo, tal é a falta de bom senso das pessoas envolvidas em tal publicação.

Num anúncio de há uns tempos atrás, ouvia-se algo do género "conheça a vida privada de"... Ora se é privado, não tem nada de estar escarrapachado numa revista para toda a gente ver. Alias, o dicionário Priberam é bastante claro neste aspeto e quando pesquisamos por privado aparece que PARTICULAR ≠ PÚBLICO.

Mais recentemente, a voz do anúncio faz saber que Cristiano Ronaldo e companheira tentam manter a identidade do filho em privado e longe dos olhares do público e das revistas, mas (continua a voz) ainda assim é possível ver algumas imagens caso a revista se compre.

Considero de muito mau tom que se faça uma perseguição cercada à vida das outras pessoas. Já disse em outros posts que não considero que as nossas ações em público possam ser consideradas privadas, porém, tem de haver limites para tudo.

Abelhudos como são, em muitas ocasiões de destaque, como manifestações, é ver colegas a partilhar solidariamente imagens de câmaras partidas, puxões de cabelo e coisas do género. Afirmam como se soubessem do que falam, que a missão deles é informar, e até pode ser, mas não por ser missão minha investigar, que vou esventrar pessoas em nome da ciência.

Faz falta uma revista com o intuito exclusivo de perseguir a vida privada, destes jornalista-abutres, para lhes mostrar que a privacidade tem um valor muitos mais alto do que o valor mensal auferido pela revista.

sábado, julho 07, 2012

Resmunguices

Vou-me assumir: Sou um resmungão!

Alias, qualquer dia o Google aconselha-me a mudar o título do blog para Resmunguices...

A afirmação é lógica para algumas das pessoas que acompanham o blog (se é que está desse lago alguém...? Hello? Alguém? Knock Knock...?). Alias, eu próprio já sabia disto, ou pensam que foi à toa que criei uma etiqueta chamada reclamações(?), porém, essa etiqueta já tem 38 mensagens (a contar com esta ~ 41% das mensagens do blog).

Treta do moço que nunca está bem com a vida! E eu que digo sempre a tanta gente para sossegar e parar de refilar. Imaginem quando eu tiver 92 anos! Ninguém me atura! Acho que nessa altura vão legalizar a eutanásia... assim se me dar uma pancada de recorrer ao serviço, pimba, acaba-se logo com a resmunguice sem problemas.

Pronto, agora que já reclamei com as minhas reclamações, deixamos o post por aqui... :)

terça-feira, julho 03, 2012

Made in

Há pessoas detestáveis como o raio. Uma dessas pessoas é o Pedro Boucherie Mendes (actual director de programas da SIC, ou coisa parecida), que, desgraçado do homem, desta vez até disse umas coisas acertadas, mas não apaga a imagem que tenho dele... temos pena.

Então, o Pedro (escrito só assim até parece que estou a contar a história de Pedro e o Lobo... adiante... o Pedro), na última vez que esteve sentado no sofá das muitas para a uma da manhã, na RTP1, ao responder a uma pergunta que lhe foi formulada, afirmou que as pessoas não compram um produto por ele ser português, mas sim por ser bom. Ora, concordo totalmente com a observação dele e com a atitude das pessoas. De facto, se eu tiver um produto melhor de outra nacionalidade, por muito patriota que eu seja, não me torno subitamente parvo!

Outra pessoa detestável é o Pedro Abrunhosa. Não há a mínima pachorra para ouvir o raio do homem a falar sistematicamente da música portuguesa. Ora porque as pessoas não ouve e deviam ouvir, ora porque deviam ouvir e não ouvem. Se ele não mudasse de óculos a cada gala do Ídolos, diria que ele tinha lá ido no primeiro dia e daí para a frente tinham-se limitado a repetir a gravação.

Recordo-me várias vezes da Sónia Tavares, vocalista da banda portuguesa The Gift. Numa das primeiras entrevistas que ouvi esta banda dar, na antena 3 (quando estavam a aparecer), foi-lhe pedida a sua opinião sobre a lei que se debatia na altura, em que as rádios seriam obrigadas a uma quota diária de musica portuguesa (alias, penso ser a lei actualmente em vigor). Como se estivesse a ser muito inteligente (e pelo menos feliz não foi), a Sónia Tavares respondeu que isso tinha de vir era do povo, porque no caso dos The Gift(e estou ainda a re-transmitir a resposta dela), a música era de tão boa qualidade que se as pessoas não queriam ouvir era porque não percebiam! Não, não e claro que não! Esta é uma atitude ingénua. Se for bom, as pessoas querem realmente ouvir e aí sim, passa na rádio. Se não passa, não é bom!

Dirá também um crítico de cinema que os filmes comerciais deviam ser desconsiderados em detrimento dos filmes de culto, mas, na verdade, são os comerciais que batem records de bilheteira. Sim, a música dos The Gift, ou os filmes de culto, podem estar mais bem construídos, podem ter mais conteúdo, podem ter técnicas soberbas e bem utilizadas, mas o objectivo não é ser bom... é entreter!

Dito isto, faço ainda notar que 51% dos artistas listados na minha biblioteca musical são portugueses e este post foi escrito ao som de música portuguesa. Por razões lógicas, Pedro Abrunhosa e The gift não estão presentes na minha lista de música...

segunda-feira, junho 25, 2012

Contra os espanhóis, marcar, marcar...

Não sou dado a futebol, nem futeboladas, nem a coisas do género, porém, na Quarta-feira, a seleção portuguesa encontra-se com Espanha. Ora como eu gosto tanto de Espanha como gosto de polícias, estou mortinho para que Portugal lhes de uma abada. Não que acredite seriamente nisto, mas também não é por não acreditar no Pai Natal que deixo de gostar de receber prendas ;)

segunda-feira, junho 18, 2012

Surpreeeeesa

Esta noite, no programa 5 Para a Meia-Noite, que é emitido às tantas da madrugada no canal público, um dos convidados não está a ser revelado. Não faço bem a ideia de quem possa ser, mas pelo que ouvi o Luís Filipe Borges a falar na sexta-feira, pensei que talvez fosse uma senhora de nome Filomena Cautela. Ora, apesar de já não ver o programa (porque tenho mais que fazer e é mesmo assim!) se a Filomena fosse convidada, desse lá por onde desse, o sofá seria meu. Agora, dado que é surpresa, não vou ver, até porque acho de mau tom procurarem esta curiosidade no público, provavelmente à toa, dado que pode muito bem ir alguém altamente desinteressante que apenas interessa ao apresentador (e logo quem! este só não é o piorzinho na escolha dos convidados porque agora está lá o Zé Pedro Vasconcelos...).

Assim sendo, apercebi-me que não gosto de surpresas. Chamem-me freak control ou o que vos bem der na telha, mas eu gosto de me manter com algum controlo das coisas.

sexta-feira, junho 15, 2012

Lembretes

Confesso que sou daquelas pessoas que só se lembra dos aniversários das outras (tirando um pequeno grupo restrito), porque o facebook me diz que a pessoa faz anos. Isto vem a propósito de um comentário de uma pessoa que fez anos recentemente e que veio no dia seguinte agradecer, num novo comentário, o facto das pessoas se terem lembrado. Um pouco como forma de sátira e como se fosse uma coisa muito negativa, o aniversariante comenta que as pessoas apenas se lembraram, porque o facebook as avisou.

Exacto! Porém, muita boa gente parece que tem fobia a quem é avisado pelo facebook para o aniversário de outros, ou para qualquer tipo de eventos. A verdade é que sempre usámos algo para nos lembrarmos dos anos dos outros. Primeiro as agendas, depois os telemóveis, mais recentemente o Google Calendar e agora o facebook. A utilização de lembretes é essencial, dado que a capacidade de armazenamento de informação que temos é limitada e há coisas muito mais importantes para fixarmos!

Ainda assim, deixamos por alguns momentos o que estamos a fazer, para felicitar a pessoa em causa. Acho altamente injusto que olhem para as nossas felicitações com desdém. Aliás, gostaria de saber quantas datas de aniversário essa gente sabe de cabeça!

terça-feira, junho 12, 2012

Ora dá cá um, ora continua a dar muitos outros...

A burocracia da máquina do estado é abismal. Muito provavelmente, isto não é novidade para ninguém, mas é para mim. Com tantos pontos de controlo, pelo menos na minha actividade, não faço a mínima ideia como é que há pessoas que conseguem usurpar dinheiro ao estado.

Após a FCT ter autorizado, em Setembro, um projecto de investigação, foi necessário esperar até Janeiro para que a verba fosse transferida para a instituição acolhedora do projecto. Depois, foi preciso mais 5 meses para que pudesse ser aberto um concurso público para a contratação de um bolseiro, concurso esse que só foi finalizado com a escolha do bolseiro e tratamento final da papelada este mês! Agora, eu, bolseiro, vou ter de pedir que me paguem, todos os meses, o subsidio a que tenho direito. Isto porque se eu não pedir que me paguem, não há dinheirinho para ninguém! Claro que como qualquer requerimento, depois de eu pedir o meu subsidio, é necessário que o processo ande, com a calma necessária, para que seja verificado se de facto tenho ou não algo a receber!

Como se não bastasse, terei de ir à SS para poder pagar o SSV. Ora, só para isto, tenho de reunir quase tanta papelada, como a que entreguei no concurso da bolsa. Entre os papeis, está uma declaração desta instituição (pública, diga-se de passagem) a dizer que trabalho cá.

Ora, não era tudo mais fácil se os serviços estivem centralizados? Uma página WEB com acesso a toda a informação e onde se poderia fazer tudo. Não acredito que fosse assim tão difícil. E de qualquer das formas, já que o google reúne as minhas informações todas no mesmo sítio, que o governo o faça também... entre não ter privacidade, e não ter privacidade mas ter a vida descomplicada, então que se descomplique!

A sorte é que por acaso até acho as pessoas envolvidas nesta burocracia, simpáticas... Sempre se vai rindo um pouco...

sábado, junho 09, 2012

Social Up

Há uns temos atrás, mesmo estando sozinho, sentado à frente do computador, sentia-me rodeado de pessoas. Fazia parte de um grupo de pessoas que tinha algo em comum, e que se sentava à frente de um computador a falar, via chat. Não dava pelas horas a passar, era como se entrasse em transe. O meu grupo de amigos "físico" não conseguia perceber como é que uma relação interactiva conseguia ter um poder tão marcante e entreter tanto. A verdade é que sentia-me mesmo rodeado por um grupo de pessoas, dispostas a rir e a divertir.

Actualmente, nada disso acontece. O telemóvel trás novidades e medos, o Facebook fala de futebol, de crises e de reclamações sobre tudo e mais alguma coisa, as pessoas "físicas" estão ocupadas e a TV repete as séries que já vi e revi! Aff, faz-me falta espairecer, encontrar o grupo de pessoas a rir, encontrar algo que me entretenha!

Sei que ultimamente tenho escrito posts apenas para reclamar de algo (se é que não o fiz sempre), mas a verdade é que estou a entrar numa fase bastante monótona... Quero algo mais, alguma novidade boa! Mas mesmo, simplesmente, boa!

sexta-feira, junho 01, 2012

Fuuuusão!

Segundo uma notícia do jornal Publico «o príncipe das Astúrias, Felipe de Borbón y Grécia, considerou nesta quinta-feira que Portugal e Espanha beneficiarão da existência de uma “dimensão ibérica”, que trará mais “força” aos dois países para enfrentar um futuro complexo».

E por mim tudo bem, desde que essa dimensão se chamasse Portugal, fosse governada a partir de Lisboa e por actuais portugueses... :)


Ler notícia

terça-feira, maio 29, 2012

O que nos liga, não é optimus!

Estou brutalmente irritado. Mesmo... aliás, já nem sei quando foi a última vez que estive tão irritado!

Comprei um telemóvel Optimus Madrid (preto), no site da Optimus, através do sistema de pontos. E pronto, começou uma odisseia que parece estar longe de acabar... Primeiro que tudo, quando fazemos a compra de um aparelho no site deles, aparentemente a mensagem de confirmação abre em pop-up! Pop-up, aqueles coisas que todos os browsers da actualidade têm protecções para que não sejam abertos! Resultado, lá tive eu de ligar para a Optimus a perguntar se tinham recebido o pedido de encomenda... "Sim, recebemos o pedido e quando for expedido receverá um sms, a informa-lo do número de encomenda" (não foram estas as palavras mas foi isto qe foi dito). Passados tres dias, ligo de novo, dado que a ainda não foi enviado nada... mentira, claro que foi enviado, mas sms a avisar (como tinha sido dito), está quieto.

Pronto ok, duas falhas... Não! Parece que o estafeta dos CTT Expresso, nem se deu ao trabalho de vir cá a casa, vá de levar a encomenda para a estação de correios da minha área de residência... Não, não é passou e não estava ninguém, é mesmo não passou, porque nem aviso na caixa do correio me deixou, portanto eu tinha de adivinhar que o senhor sofreu uma dose de preguiça e não passou por cá! Mais uma vez ligo para a Optimus, que descarta-se completamente da situação, se o senhor não passou, azar o meu e eu que me lixe, que falte ao trabalho ou faça lá o que fizer (desde que não lhes dê trabalho), mas que vá hoje aos CTT, porque é o ultimo dia que a encomenda lá está!

Ok, 17.50, dez minutos para os CTT fecharem, estafado de correr, lá estou à espera que a conversa com os clientes acabe para eu levantar a encomenda (aquela que teoricamente não sei que lá está porque não fui avisado).

Adiante, ainda assim, suspiro fundo e dou as boas tardes, levanto a encomenda, pago, digo as boas tardes e vou feliz para casa... abro a encomenda e tenho um lindo Optimus Madrid Branco! BRANCO?!?!?!?!?! Mas eu pedi preto!!!!

Pois então que (mais uma vez) ligo para a Optimus! Como se não bastasse, para falar com o assistente pago 0.21€ e são necessárias duas tentativas, dado que da primeira a chamada foi abaixo (! eu de um Optimus, ligo para o meu centro de apoio a clientes e a chamada cai!!!!). Já por tudo, que seja, liga-se de novo, fala-se com o assistente muito simpaticamente porque não queremos ofender quem não tem culpa das coisas. E pronto, ao fim de todo o drama, a paciência esgota-se quando o senhor fica surpreendido quando eu pergunto se não posso trocar numa loja Optimus! Olha a lata, é uma loja, tem telemóveis e não fazem trocas de quando compramos uma coisa online? Quantas coisas é que já comprei numa Worten e troquei noutra diferente? Não! nem pensar, eu estou maluco (claro que o senhor não me chamou isto, era o que faltava)... se eu quero mandar para trás, vá de voltar à confusão dos correios (amanha claro) e devolver pelos correios para eles...

Em suma, Já lá vai semana e meia e ainda estou longe de ter a história acabada, dado que a reposição dos pontos apenas acontecerá quando a Optimus receber de novo a encomenda!

Epah, estou mesmo, mas mesmo tão passado! Mas mesmo tão passado!

sexta-feira, maio 11, 2012

Feira do Livro

Hoje foi dia de Feira do Livro (... para mim, para as outras pessoas já é há alguns dias e ainda vai ser durante o fim-de-semana). Foi a primeira vez, que fui à Feira do Livro e comprei efectivamente livros. Não foram muitos é verdade, mas está de acordo com a carteira e com os meus gostos... Estou contente ;)

domingo, maio 06, 2012

(des)Integração (Uma história vaga - II)

Em 2005, e mesmo antes, o desenho que aqui está ao lado, era o tipo de desenhos que me entretinham quando uma aula era demasiado chata para merecer a totalidade da minha atenção. Nunca soube a razão exacta de fazer estes desenhos, mas não sei fazer formas bonitas, nem sei fazer poemas, nem sei fazer nada do que as pessoas normalmente fazem numa aula demasiado chata para merecer a totalidade da nossa atenção. Penso que talvez tivesse sido esse um dos motivos para começar a fazer estas formas, mas mais do que isto, sentia que me acalmava, ao fazê-las. Era tranquilizante. Numa das aulas, perguntaram-me o que significava. Não sabia... não sei... São formas que me apetecem fazer quando estou aborrecido, triste, descontextualizado. Sugeri levar um dia aquelas formas a um psicólogo e pedir a opinião, mas nunca o fiz e hoje em dia, desenhar formas já não faz parte das minhas actividades. Apesar de não saber porque as fazia, porque me reconfortavam ou o que significavam, tenho um palpite da sua razão de ser. Segundo a pessoa que me perguntou o que significavam, sugeriu que fosse uma forma de expressão, na qual eu afirmava que não me conseguia encaixar no meu espaço. De facto, as extensões das formas tentam encaixar-se, mas sem sucesso.

O problema da integração é-me bastante crítico. É-me muito difícil sentir totalmente parte de um grupo e portanto são muito poucos os grupos que conseguem tal proeza, não que os grupos aos quais pertenço sejam discriminatórios ou algo relacionado, mas porque eu não me encaixo dentro deles. É um problema meu, uma falha minha!

Pior do que não me conseguir integrar num grupo, é passar a estar desintegrado de um grupo ao qual já pertenci. É estranho não conseguir encontrar os temas certos para aquela mesa de convívio, olhar para o relógio quase sistematicamente à espera que outras pessoas que nos acompanhem sintam que está na altura de voltar, sentir um desconforto gigantesco ao estar envolvido num evento que conheço desde que me conheço como partícula pensante. Ainda pior do que sentir essa desintegração, é ver que pouco mudou e aquilo que mudou deveu-se sobretudo ao tempo, esse idoso de barbas cinzentas, que faz soprar os ponteiros do relógio num ritmo mortalmente constante e desgastante.

É verdade que sei o que podia fazer para me voltar a integrar, mas sei, sem pesar muito, que não quero. O tempo afastou-nos, num contínuo espaço-tempo, em que o espaço é mais social do que físico. Não gosto dos temas das conversas, não gosto dos rituais, não gosto do tom! Não sou eu!

Tenho uma enorme tristeza desta distância. E tal como antes não sabia nenhuma forma de me expressar numa aula, hoje sinto ainda falta de um modo de expressar esta tristeza. Pelo menos escrita...


Recordo... Uma história vaga

quarta-feira, abril 25, 2012

98!

Nos fins de tarde, três bicicletas fazem-se à estrada. Não ficam encalhados, os viajantes mas é ao Encalho que se dirigem. Num dos muitos entroncamentos do caminho, uma galinha jaz morta dentro de um saco de plástico... suspeita-se de bruxaria e pelo sim, pelo não, ali não é lugar para descansar...

Num dos fins-de-semana há festa na aldeia. Dança-se ao som de músicos populares, enquanto se inventam prémios para rifas premiadas, mas cujos prémios já foram entregues, em outros prémios inventados.

Por entre namoros e namoricos, surge a primeira paixão de infância. Um pouco forçada, é verdade, mas o importante é não sermos os únicos sem namorar! Músicas são rescritas, mas sem sucesso. Não faz mal, é uma paixão a fingir!

Numa noite, a história de terror que acaba com o fantasmagórico sou, mas que já não me recordo, é contada, no largo da igreja não utilizada, ao lado da qual repousa um cemitério sem mortos. Mesmo assim, sem mortos, o grito ecoa na aldeia... Não foi muito longe desta noite, que as histórias de OVNIs foram o foco da atenção do grupo. Tal como a presença do cemitério sem mortos fez soar o grito, o avião a piscar no céu, fez a lágrima cair de medo.

O capôt do carro, ao lado da casa, é ideal para nos deitarmos. De noite, lá em cima, as estrelas ganham vida, caindo no leito da morte, enquanto cruzam os céus, num derradeiro grito de mortalidade que nos apaixona.

Em frente do café cujo nome remete para a cidade dos estudantes, passa a estrada dos carros velozes. Alguns de vidros fechados outros com estes abertos, mas sempre com o objectivo de arrefecer os ocupantes do calor que se sente no meio do Alentejo.

A mesa do canto é nossa há imenso tempo. No caminho, a cabine telefónica foi usada para brincadeiras a pagar o destinatário. Por vezes, quando as saudades apertam, o número que paga no outro lado da telefonista, é aquele por onde se ouve as vozes familiares, que estão longe...

Ás vezes, ainda tenho água nos ouvidos, dos mergulhos que dei à tarde na piscina. Uma ou outra vez, sinto mesmo a vista esbranquiçada, mas não me preocupo, porque deve ser do cloro. Hoje, prometo a mim mesmo que amanha não mergulho de olhos abertos! Escusado será dizer que amanha já não me lembro da promessa...

Depois da saída e depois de atravessar a estrada, acampa-se na horta adjacente à casa. Duas visitas saltam o muro ou portão, consoante a proveniência, apenas para fazer o serão. Na noite em que o acampamento não é nosso, uma persiana acaba por se partir, no desespero de avisar os invasores que a costa está ocupada. Em São Torpes dorme-se ao Sol, para recuperar da noite não dormida. Às 6 horas foi a alvorada do homem de tronco nu que se assomou à janela na noite anterior.

Quando a vontade não nos leva a Coimbra, um poço já não usado pode ser solução. Ou o parque que agora tem carroceis, mas que antes já não tinha, depois de já os ter tido. Ou a escola que está fechada para férias. Ou qualquer outro sítio onde uma reunião de gargalhadas possa acontecer.

Quando o João chama e a tenda não é palco da noite, o quarto dos fundos é o lugar para o repouso. O caminho até lá é feito pé-ante-pé, porque ali mesmo ao lado já se dorme e com o calor do verão, a porta está aberta. Mesmo antes da luz se apagar e já depois da paragem na WC, Os Anos Amargos de Adrian Mole são contados... ou serão as aventuras do Ricardo, o Radical? Acho que se pensar bem, oiço ainda algumas Vozes e Ruídos...

Ahh, tantas são as memórias já esquecidas!

terça-feira, abril 24, 2012

Eu fico, pode ser?

Numa conversa recente, fiquei a saber que uma familiar minha tinha cedido à pressão sócio-económica do nosso país e tinha emigrado. Destino: Inglaterra! Tal como esta pessoa, consigo lembrar-me de pelo menos mais 3 pessoas que recentemente me tentaram convencer a seguir o mesmo rumo que elas e a emigrar (para destinos diferentes).

Hoje mesmo, uma amiga de infância chamou agarrados a quem pretende ficar no país. Apesar de não acreditar que o termo agarrado tenha sido utilizado com o intuito calunioso, a verdade é que este é um termo pejorativo.

Eu percebo perfeitamente que haja pessoas que têm vontade de ir para fora, de não se manterem agarradas a este rectângulo pequenino. Percebo também que haja pessoas que tiveram mesmo de sair, para lutar por mais e melhores condições e, diga-se de passagem, que me parece que as pessoas em causa estão bastante bem. Ainda assim, não percebo a insistência por parte dessas pessoas. Juro que nestas conversas senti que a outra pessoa parecia ficar ofendida quando eu categoricamente afirmava que não desejo sair do país. Não significa que não o faça, significa apenas que não sinto necessidade disso e que tenho muito cá, que não quero deixar para trás. É assim tão difícil perceber isso?

sexta-feira, abril 20, 2012

Privacidade? Onde?

Há pessoas que não parecem ter a mínima noção de privacidade. No que me toca, tenho o meu perfil do facebook, ou de qualquer outra rede social, visível apenas para amigos. Para além disto, se for publicado alguma coisa no meu perfil com o qual eu não concorde, pura e simplesmente removo (ou peço a quem colou para que o remova, para ser "simpático"). E detesto quando escrevem no meu mural planos daquilo que pretendo fazer. Ninguém tem nada a ver com isso!

Isto a propósito de um estado que um dos meus contactos postou no mural do facebook de outro dos meus contactos: «Então estamos aí as 13h (...)». Ora, agora sei que a família A vai almoçar a casa da família B! Mas porque raio é que isto não foi enviado por SMS? Ou por mensagem privada?

Num estudo algures, perguntou-se às pessoas se consideravam que a sua privacidade era posta em causa, se as ruas estivessem a ser monitorizadas por câmaras de vídeo-vigilância. Se bem me lembro, o resultado do estudo foi que sim, as pessoas preferiam não ter o referido sistema, que acabaria por trazer mais segurança, por considerarem que aquilo que fazem NA RUA(!) não deve ser filmado, já que é privado! Mas o incrível, é que dizer a todos os nossos "amigos" e aos "amigos" da outra pessoa, onde vamos estar, com quem e a fazer o que, já parece uma coisa extremamente banal!

Não percebo! Esta é mesmo daquelas coisas que me transcende!

domingo, março 25, 2012

Miuda

Há temas que me levam a querer fazer um post. Algumas vezes, o post em si não é imediato e levo imenso tempo a pensar na melhor forma de por em linhas a ideia que chegou à cabeça. Outras vezes, parece que o post se constrói sozinho, num abrir e fechar de olhos, e que os meus dedos não são mais que uns meros figurantes neste processo. Este é um daqueles casos em que não estava previsto nenhum post, mas a circunstância a isto me obriga.

Estou a ouvir o álbum homónimo de Miúda. E pronto, o post é só isto, porque é daqueles casos, em que é preciso ouvir para saber o que está escrito. Se tiverem a oportunidade, ouçam o álbum todo.

quinta-feira, março 22, 2012

Manif.

Hoje foi mais um dia de greve, com mais uma manifestação e mais uma vez, confrontos em policia e manifestantes. Não estive lá, não vi e por isso não posso tomar partidos, coisa que vou tentar não fazer. Ainda assim não acredito que a polícia arranje problemas com a multidão, só porque sim. Acredito mesmo, que aquelas pessoas vão para os lugares das manifestações, muitas das vezes concordando com a posição destas, e que desejam realmente que aquela seja uma manifestação pacifica.

E dito isto, digo também que se já coisa que eu detesto é um policia!

terça-feira, março 13, 2012

Horizonte

A velhice é uma coisa perturbadora. Acarreta uma enorme dose de sabedoria, mas leva-nos por um declínio assustadoramente íngreme. A liberdade, a autonomia, o recato, ganhos ao longo de décadas e décadas de lutas pessoais e sociais, perdem-se, num abrir e fechar de olhos. Volta-se a pedir um copo de água, ajuda para ir à casa de banho, ou mesmo para deitar e levantar. Isto, apenas isto, porque por vezes ainda se tem a autonomia para levar o garfo à boca. Por vezes…

Não é melhor para quem assiste de fora. A boca que antes perguntava pelas coisas importantes, aquela que dizia as coisas carinhosas, mas também aquela que sabia dar instrução, passa a perguntar como vai a escola, muito depois do outro interlocutor ter acabado o ensino. Olha-se para uma televisão, para espairecer da conversa sem nexo, por sorte, na televisão cores vivas contrastarão com o luto da velhice e uma música há-de abafar o som ensurdecedor do relógio que roda na parede.

Nem todos podem ter alguém ao lado, quando se entra na fase descendente da vida. Aqueles que têm, se forem crentes, darão certamente graças a uma entidade superior e os que não forem, darão as mesmas graças a qualquer outra entidade. Agradece-se a ajuda prestada, quando a pessoa que partilhou o leito feliz, tem ainda força para navegar pelos dois. Egoísmo. Essa pessoa, também ela vai precisar de alguém que trate dela, que a acompanhe, e que a leve a atravessar a parede que separa a cama da casa de banho, a meio da noite. Essa pessoa que viu o esplendor e que se apaixonou por quem já não existe e mantém-se ali, ao lado, a ver, de mão atadas, à queda na monta russa em que se vive.

Tem final triste, este filme em que vivemos. E a verdade é que não é justo. Depois de tudo, todas as conquistas, não devíamos acabar assim. Somos heróis, que morramos como tal!

domingo, março 11, 2012

Alentejo

Este fim-de-semana fui ao Alentejo. Sempre que sou convidado para lá, surge na minha cabeça uma enorme inércia. No Alentejo o tempo parece que pára. Parece que nada acontece. E que nada vai acontecer. E que aquilo que já aconteceu, já lá foi, há muito tempo atrás.

Ainda assim, gosto muito do Alentejo. Aquele céu estrado, com aqueles grilos a fazerem banda sonora, é delicioso. Enquanto a lenha estala na fogueira ali ao lado, um cão ouve-se aqui na aldeia. Aqui sabemos que todos dormem (menos o cão, claro). Sente-se isso. Aqui há paz. Em cada inspiração, inspira-se paz.

Aqui há tempo para relaxar. Não há trabalho, porque a Internet móvel tem um sinal fraco e porque o telemóvel só funciona no topo do monte, junto ao portão que dá para o quintal.

Ah, a vontade que tenho de abrir a janela, saltar lá fora e ir contemplar a noite do Alentejo…

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Noite

É serena e calma, como seria a água de um oceano se lhe retirássemos o vento, ainda que numa Noite perfeita, se sinta aquela brisa suave a bater o rosto. A sua calma sente-se ao longe e o silêncio é aconchegante, mesmo para aqueles que têm medo do escuro. Algures numa cidade, numa vila, quem sabe se numa aldeia ou mesmo num monte mais remoto, um galo há-de cantar, um cão irá certamente ladrar e uma pessoa irá ressonar. São testemunhas da sua passagem, tranquila, porque ninguém a quer a correr. Senhora do seu nariz, quando o seu amor platónico Dia decide descansar, noctívaga, a Noite, sai para passear. Por vezes, passeia-se de mão dada com a Lua, trazendo luz aos poucos lunáticos que, por vontade ou obrigação, saem de suas casas para as cumprimentar. Noutras vezes, deixa a candeia em casa, impondo uma escuridão negra e terrorífica, capaz de assustar o mais antigo dos caseiros na mais antiga das casas.

Apaixonados pelos seus encantos, alguns, não muitos, reúnem-se para aclamar ao seu poder, fazendo rituais dos mais diversos tipos, com incontáveis objectivos diferentes. Dentro deste grupo de crentes, há os solitários, que invocam dentro de si as suas preces, entregando-as às forças da senhora escura.

Ali ao lado, ou muito distante, os foliões festejam. Entre colunas, conversas, rodeados de luz, mexem os seus corpos sedentos de líquidos. Sentem que estão vivos e dão graças à senhora do descanso, se bem que por vezes, lá está, incomodam ruidosamente aqueles que estão efectivamente a descansar.

Estes últimos, aqueles que ousam dormir na sua passagem, perdem o seu encanto. Sempre que ela se instala nas suas proximidades, recolhem-se invocando a senhora dos sonhos. Estes não vêm o seu encanto… estão cansados de terem acompanhado o senhor Dia. Submergem-se em devaneios da mente, escutando o que um sonho imaginado lhes tem para contar.

Atenta nas diferenças este ser periódico! Não incomoda os crentes, sorri ao passar pelos foliões e acautela-se no barulho quando atravessa por um sonhador. Para si, todos têm lugar, mesmo os mais resmungões. Oh, os resmungões! Estes indecisos, ora reclamam porque ela vem a caminho, aparecendo antes que o trabalho do dia termine, ora reclamam porque ela se apressou um pouco mais, saindo antes que a bateria do sono descarregue. Não lhes dá troco e segue o seu passo.

Diz o mais conhecedor, que a senhora dos medos não simpatiza com o Verão. Quando este primo vem de visita, a Noite acelera o passo. Não se sabe ainda que zanga terá acontecido entre os dois, mas já vem de longe e não parece que se consiga negociar a paz nesta guerra.

Tem inveja o senhor vermelho das barbas brancas. Aquilo que ele faz uma noite por ano, faz a senhora do silêncio todas as noites. Tão certo como as estrelas brilharem (independentemente de haver ou não cortinados de água a tapar a vista), a Noite sai à rua, todas as noites, percorrendo cada canto do nosso mundo! Abençoada seja pela paciência que tem…

domingo, fevereiro 26, 2012

Papa (II)

É possível haver mais do que uma forma de vida? É que o Bento afirmou hoje que Deus é a «fonte da verdadeira vida»! Lá está, as coisas que o homem me diz causa-me quase sempre comichão. Como é que se pode afirmar que uma coisa, que apesar de muitos afirmarem sentir, não tem a existência comprovada, é uma fonte verdadeira seja do que for? Além do mais, a religião afirma que Deus dá e que Deus tira... ora neste seguimento, também seria a fonte da verdadeira morte!

I really don't get it!

[DN] Apelo à paciência e humildade para enfrentar as tentações

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Evolução...

Há uns dias, na mesa ao lado no café, estava sentado um tipo totalmente desconhecido. Porém, alguns gestos chamaram-me à atenção. Primeiro, a sua capacidade de socialização com o seu grupo era tremendamente forte. Depois, pagou a conta do que ele e a sua acompanhante consumiram. Depois e por fim, saíram juntos. Um pormenor muito importante é que este homem calçava sapatos!

E é exatamente aqui que começa o post!

Vários estudos demonstram que os bebés aprendem por imitação, daí toda a conversa dos bons exemplos, na educação das crianças. Porém também os adultos vivem de imitações, ou não fosse um exemplo disso a moda! Na realidade sempre tive uma perceção clara de que a imitação é essencial. Dei por mim (e continuo a dar) a olhar discretamente para pessoas desconhecidas, na rua, observando os seus comportamentos, desejando imita-los. Aos poucos, vou alcançando alguns dos objetivos e chegando a patamares satisfatórios, nesta busca de atingir aquilo que é ... diferente de mim!

Apesar de nada ter a ver comigo, senti uma enorme necessidade de ir correr a casa e calçar uns sapatos! Eu! Eu!!!

Por qualquer razão, calçar os sapatos pareceu-me a ideia a seguir. Quis alcançar aquilo, porque eu não sou o tipo de pessoa que calça sapatos. Quis pagar um café à minha namorada! Quis sair com a minha namorada! Quis viver aquele momento que era de outra pessoa.

Acredito que quando alcançamos um ideal daquilo que desejamos ser, surge logo um outro para nos fazer batalhar. Ao fim de anos a observar relações, casais, homens de cachecóis, ... consegui atingir esse patamar, mas não chega. Agora, quero apenas, mais!

Diz uma das verdades budistas que o homem nunca está satisfeito com o seu estado. E não é que é mesmo verdade? Queremos sempre mais, mais conhecimento, mais personalidade, mais ... algo! A forma de alcançar esse algo é simples: basta vivermos tempo suficiente para alcançar tudo, mas isso implica sermos imortais. Apenas assim, teríamos tempo suficiente para viver todas as experiências, e mesmo assim, não afirmo isto totalmente convencido. Diz John R. R. Tolkian num dos seus livros, que quando as divergentes raças criadas no seu mundo imaginário foram criadas, o criador deu a cada uma a sua própria habilidade. Consta que aos humanos deu a mortalidade, a possibilidade de morrer. No fundo, deu-nos a impossibilidade da realização total e absoluta! Aff, raios partam os deuses!

PS: Daqui até eu calçar sapatos, ui, vou ter muito que evoluir... ainda só agora comecei com as camisas!

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Relacionamentos: Auto-aceitação

Já desde há algum tempo, que as conversas à volta de uma saída de amigos se tem centrado num assunto: relações!

Duas pessoas do meu círculo de amizades mais próximo, iniciaram-se na via dos relacionamentos bastante cedo. Apesar de se encontrarem ambas com estado civil de solteiro, seja no que toca a casamentos, seja a namoros, considero-as ambas pessoas muito conhecedoras das relações afetivas. Mas ainda assim, com grandes falhas.

Na viagem de carro desde o café anfitrião da saída até à vila onde moro, a pessoa ao volante afirmou que os melhores relacionamentos são os primeiros, porque não se têm ideias pré-concebidas. Ainda não se pensa demais e age-se por instinto em vez de se agir racionalmente. De facto, a pessoa no lugar do pendura estava a enumerar a lista de aspetos positivos e negativos de um relacionamento potencialmente promissor. Sim, confirmo que aquela lista tinha racionalidade a mais e instinto a menos. Mas o pior é que me apercebi que estas duas pessoas estão à procura da sua alma gémea!

Não penso que alguma vez tenha acreditado no "felizes para sempre". Faz parte do amor e da relação que o acompanha, os momentos maus. Faz parte a adaptação mútua de cada um dos intervenientes face ao outro.

Por muito altos que sejam os muros erguidos a cada relação terminada, se sentimos necessidade de ter aquele alguém ao nosso lado, não podemos simplesmente acenar o dedo, dizendo que não a cada pessoa que passa. A alma gémea perfeita não existe, mas pode ser construída. O primeiro passo é construirmo-nos a nós próprios. Também nós temos defeitos. Ambos, os dois e cada um, têm de se adaptar ao outro, alterando-se em conjunto e crescendo os dois de mãos dadas.

Um dia disseram-me que só amamos alguém depois de nos amarmos a nos próprios. Que o romance nasce com a necessidade que gostem de nós. Hoje, e apenas a partir de hoje, passo a discordar disso. Muito amor por nós próprios resulta numa fixação inflexível de um grau de exigência que nada mais faz do que isolar-nos na solidão.

Enquanto não estivermos dispostos a mudar e a aceitar, não podemos amar!

sábado, fevereiro 18, 2012

Portugal à Vista!

Segundo o jornal DN «O ex-presidente social-democrata Luís Marques Mendes disse que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, "não está a governar para ganhar eleições", correndo o risco de "não ganhar as próximas"» (ler artigo). O que é muito bom. Até que enfim que alguém suja as suas mãos a favor do país em detrimento da sua reeleição. Satisfazer-me realmente saber que está a ser feito o que é necessário para que amanha sejamos um país melhor, em vez de se fazer o que é suficiente para garantir um posto.

Dói, a muitos e não dói menos a mim que continuo desempregado apesar de ter um mestrado, mas que doa hoje para que amanha possamos respirar.

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Voluntariado IndieLisboa

Das vezes em que fui voluntário gostei bastante. Assim sendo, decidi inscrever-me para voluntário no IndieLisboa (2012). Caso haja mais alguém interessado fica aqui o link. As inscrições são válidas até ao dia 22 de Fevereiro e pode ser a melhor oportunidade para assistires ao festival sem pagares rigorosamente nada!

Ve como ser voluntariado aqui

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Hei, eu não sou um robô, mas...

Não é que eu desgoste, aliás, a minha veia de programador sabe que dá um jeitinho danado e que é o suficiente para proteger muita coisa, mas quando toca para abusar, a coisa chateia-me!

Refiro-me à segurança via captcha (aqueles códigos que alguns sites pedem que escrevamos para evitarem ações automáticas). É que apesar de não ser nenhum robô (e já agora, nem ET), muitas vezes pura e simplesmente não percebo mesmo o que raio é suposto eu escrever! Um exemplo: conseguem perceber todas as palavras da imagem deste post? À primeira? Não há nenhuma que vos pareça dúbia?!

Meus amigos, tenham cuidado que se isto progride a este ritmo, a Internet passará a ser apenas para quem perceba chinês...

terça-feira, fevereiro 14, 2012

I'll be Alive('12)

Estou em... (a palavra que me ocorre é apoptose, mas de todo que não se encaixa no contexto, portanto...) êxtase!

Foi no dia 12 de Março que a Geração Rasca realizou o seu protesto, protesto esse que me parece, infelizmente, morto. Adiante! Nesse dia, apesar de me identificar com a manifestação, apontei direção a outro lado e assinalei o meu primeiro dia 100% dedicado ao Geocaching (re-ler post).

Nesse mesmo dia, enquanto me dirigia, de metro de volta a casa, fui entretido a certa altura por uma rapariga de jeitos hippies, com os seus fones e a dançar "ao som" do movimento da carruagem barulhenta. Eis se não quando, alguém que essa tal rapariga conhecia entra também, numa das estações. Sem muito com que me entreter, oiço a conversa e descubro que a dança estava a ser motivada por Florence + the Machine. Diria que este foi o primeiro momento que contactei com a banda, sendo que na verdade da banda apenas ouvi o nome.

Não sei quando é que ouvi uma música pela primeira vez, mas sei que no primeiro instante em que ouvi o CD no meu mp4, assim, todas seguidinhas, decidi! Quando os Florece + the Machine vierem a Portugal, irei ve-los!

E pronto: Optimus alive'2012... Here I Go!

sábado, fevereiro 11, 2012

Pensar de asas

Os fones ligam-se ainda aos walkman. Não me lembro que musica deixam ouvir, mas será cassete, certamente, porque nenhuma rádio seria a perfeita banda sonora. Apostaria que Neva sobre a marginal, ou talvez que exista uma Baía de Cascais. Um corpo contorce-se para passar pela porta, por baixo da persiana apenas parcialmente fechada. Foi deixada assim de propósito para que, àquela hora da noite, se pudesse passar de um lado para outro, mas foi suficientemente fechada para que, através do cortinado, qualquer um pensasse que estava imaculadamente encerrada. Por vezes, ou porque a noite de Verão soprava a Outono, ou apenas porque era mais confortável assim, uma manta velha cobria o chão da varanda, deixando repousar ou dentro de si, ou acima de si, o corpo de um vulto.

De barriga para cima, vejo estrelas. A luz da rua não me dá uma grande visão e acabo por não ver nenhuma a cruzar os céus.

Lembro-me do carro que todas as noites chegava à mesma hora. Os dois ocupantes ficavam a conversar protegidos pelo silêncio dos vidros e alheios ao meu olhar de cima. Amantes certamente, ou pelo menos esta é a melhor justificação para ali pousarem os pombinhos, antes dela sair e se deslocar a pé 2 quarteirões e por fim entrar no seu prédio, não sem antes acenar ao seu companheiro de viagem que passa de carro, abrandando ali. Imaginação, certamente, que a visão não me chega tão longe, mas há um sorriso naquele rosto!

Vivo numa altura em que não preciso de meditar, porque tenho a minha varanda. Torno-me naquilo que sou, ao tomar as mais importantes decisões que tomei até hoje. Pensei e com o meu pensamento moldei a minha personalidade. Decidi como seria e sempre que o desejo era inalcançável, aprendi a viver a comigo mesmo. Dentro do meu próprio corpo. Ao fim e cabo, ninguém disse que já nascemos a saber viver.

Decido que quero pensar e penso. São minhas testemunhas as estrelas, e, uma vez por mês, uma lua cheia. Não sabem, nem querem saber sobre o que penso eu. Muitas das vezes nem eu sei sobre o que penso. Deixo-me ir. Ali, na varanda do terceiro andar, deitado, sou livre. Posso voar para onde quiser e deixo-me ir. Não sou levado pelo vento, porque essa não é a minha vontade. Sou suficientemente livre para não ter de ir ao sabor do vento. Vou por mim. Vou pelo que quero, como quero e quando quero. É o meu cérebro que me leva. São as minhas sinapses, mudas mas luminosas, alheias aos elementos que me rodeiam.

Pensar! Onde quer que estejamos e qualquer que seja o momento e as consequências desse ato, pensar, só pode ser uma virtude... e se ao pensar perdemos aquela oportunidade, então que pensemos mais um pouco. Porque pensar é sabedoria. Porque para a próxima é só pensar na escolha certa, na lição aprendida e sabida.

Sábios e virtuosos são os que pensam, bem ou mal, porque pior do que pensar mal, é não pensar!

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Ajuda silenciosa

Quase como se fosse uma máxima, a máquina de Hollywood educa-nos que os bons samaritanos não são só aqueles que ajudam. Os verdadeiramente bons são aqueles que ajudam calados, no escuro do secretismo e no silencio do anonimato. Todos aqueles que procuram fazer o bem a outros, mas que de alguma forma fazem disso a sua Torre Eiffel, são mal vistos, olhados de lado, como se apenas tivessem tomado as suas ações em proveito próprio, pensando na publicidade que isso lhes daria.

O espírito está bem entranhado dentro de nós. Nós próprios acreditamos piamente nisto. No fundo, penso que ao acreditarmos que o bom samaritano tem de se manter no anonimato é um sinal claro de que não acreditamos em nós como sociedade. Somos todos um bocadinho como o Dr. House, da série de televisão com o mesmo nome. Para ele, uma boa ação, de tão estranho que é, tem de ser assimilada como um sintoma de que algo está mal. Todos nós vemos uma boa ação como uma tentativa de se alcançar algo, mesmo que não saibamos o que será esse "algo".

Muitos afirmam que a verdadeira recompensa de ajudar os outros é isso mesmo e que no fundo nos vamos sentir bem. Em minha casa, nunca recebi prendas por passar de ano, porque o passar de ano já era a recompensa do meu esforço, mas a verdade é que sentia aquela pontinha de ciúmes por ver os meus colegas com coisinhas novas, recebidas como uma recompensa extra do esforço. A valorização é demasiado importante para puder ser posta de lado.

Não é isso que avaliam os recursos humanos de diversas empresas? O nosso valor? Quanto é que valerá a nossa aquisição com um contrato de trabalho... é isso que eles ponderam! Se a valorização é tão importante, porque é que temos de ficar com ela só para nós? Porque não gritar ao mundo que eu ajudei? De facto fiz, com ou sem segundas intenções, fiz!

A melhor recompensa que se pode ter, seja naquilo que for, é o reconhecimento dos outros.

domingo, fevereiro 05, 2012

A decisão sobre o "fim" do carnaval

No carnaval, há uma coisinha que é cíclica. O dialogo em baixo acontece sempre, mas é que é mesmo sempre e normalmente com várias pessoas:

Alguém: Então 'pa, não estás mascarado
Eu: Estou sim, mascarado de "MrBiogene"

Ora, como as pessoas não são assim tão diferentes umas das outras, uma coisa semelhante deve acontecer ao nosso primeiro:

Alguém: 'tão Pedrinho, não te mascaraste este ano?
Primeiro: Mascarei pois, estou vestido à Coelho

Agora... se o Pedro Paços Coelho gostar tanto do carnaval como eu (e eu não gosto nada), faz todo o sentido que esteja farto deste diálogo e que queira acabar com essa data. De facto, o carnaval é das festas Pagãs mais antigas, mas a verdade é que é uma data que não faz sentido nenhum. Não é por estarmos a fingir que somos algo ou alguém que não somos, que chegamos a lado algum.

Desta vez estou com o governo. Se é uma coisa hábito, pois então que o percamos. Há muito mais para fazermos do que nos despirmos e nos metermos numa folia injustificada.

Aliás, o único contratempo que vejo mesmo é acabar-se a expressão a vida são dois dias e o carnaval são três, mas também não fazia sentido nenhum o carnaval ter mais dias que a vida!

Acaba-se com o carnaval de uma vez por todas, ora!

sábado, fevereiro 04, 2012

Next level

A equipa Sp. QSuber, que está sobre gerência da minha pessoa no Hattrick, foi promovida à VII divisão, após uma época com 14 vitórias consecutivas em jogos oficiais, basicamente, toda a época. É um facto que o meu conhecimento de futebol está pouco acima de nulo, mas parece que até nem me saio muito mal em gerir as coisas online.

Agora tenho um pouco medo de estragar as coisas, mas será inevitável a compra e venda de alguns jogadores. A próxima temporada cheira a maior dificuldade. Vamos lá a ver como é que a coisa corre.

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

I was not Helth!

Cometi uma loucura! Comprei a Men'sHelth (128 - Fevereiro de 2012)... Sim, a loucura foi exatamente esta. Em nenhuma das vezes em que comprei esta revista, me senti minimamente bem a le-la. Pura e simplesmente não faço parte do público alvo desta revista. Alimentação saudável, cuidados com o corpo, dicas para melhorar a performance sexual, dicas para melhorar isto, leis de ouro para melhorar aquilo e como obter um corpo fantástico em 10 minutos por dia (ou algo parecido). Não me identifico com rigorosamente nada disto.

Sintonize a sua mente, Esteja confiante, Presentes Ousados e Sedutores... Não parecem mesmo títulos de revistas femininas? Sinto que desperdicei 3,10 €uros... quase uma viagem a Lisboa!

Bem, a culpa é do mp4 que se foi durante a viagem deixando-me tremendamente aborrecido enquanto o pouca-terra andava por cima da água do rio!

A ver se memorizo de uma vez por todas, que esta revista não é para comprar!

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Todo List

Durante muito tempo, fui anotando no Google Earth, todos os locais onde já fui. Todos os locais onde estive tempo suficiente para deixar que o lugar me marcasse. Por obra do descuido, a lista desses locais foi perdida.

Nasce porém a vontade de voltar a assinalar no pequeno mapa informático, o rasto da minha pequena pegada.

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Consciencialização

Há dias, perguntavam-me se acredito em espíritos. Demorei a responder, porque a pergunta pode ser interpretada de duas formas, cada uma com uma resposta diferente e ambas antagónicas.

Se estivermos a falar de seres sobrenaturais, almas, ou qualquer forma não física, com ligações ao além e sem qualquer tipo de prova científica a suportar a sua existência, então a resposta é não! Por outro lado, se falarmos em estados de espíritos, de formas como nos sentimos, de ações, eventos ou acontecimentos que podem colocar-nos com uma boa ou má disposição ou mesmo se falarmos da disposição em si, então a resposta seria um claro que sim...

Um dia de Sol, costuma ser um sinal de que o meu dia vai correr bem. Não que eu acredite em sinais, no sentido de premonições, mas se estiver Sol, vou-me sentir mais bem disposto, mais recetivo às coisas que me vão chegar, com mais força para lutar contra obstáculos. Em suma, um dia de Sol, por eu achar que me vai correr bem, dá-me todo o equilíbrio necessário para que eu, construa um dia bom.

É pena que nem sempre seja assim...

O não acreditar em sinais, no sentido de premonições, não significa que não possa acreditar em sinais, no sentido de notificações ou de avisos. Se a torneira pinga, então é porque o cano não está bem apertado e este é um sinal em que podemos acreditar. Se o cano estiver bem apertado, ou se a torneira continuar a pingar depois de o apertarmos, algo de errado para além do cano.

Num ápice, um dia de Sol, pode-se transformar num dia normal. O Sol, cheio de força, nem sempre consegue aquecer um dia de sinais negativos, na forma, na interpretação ou na desconcertante perceção de que não somos capazes de entender o sinal.

Insignificância, inocência e incapacidade.

Quando não estamos à altura de entender os sinais, ou quando não estamos à altura para para corrigir as informações que eles nos dão, apenas nos resta um pano branco, primeiro para hastear, depois para acenar e por fim, para chorar.

Em suma e para rematar o post... Ninguém disse que quando o Sol nasce de manha, uma nuvem não pode chorar de tarde...

Sugiro esta letra... Linda como muitas da Mafalda Veiga...
Morrer para ser Preciso (Mafalda Veiga)

quarta-feira, janeiro 18, 2012

PIPA e SOPA

Não é comum eu falar aqui de política, mas como sou contra todo e qualquer ato repressivo/opressivo, não posso deixar de me situar na fração contra as legislações PIPA e SOPA, que os Estados Unidos da América se propões deixar passar.

A censura é aquilo que mais se sente nos países assentes em regimes ditatoriais, como a China, que bloqueia o IP de todos os sites liberais, privando o seu povo à liberdade de comunicação.

Com a nova legislação, não será o governo americano, mas sim as empresas americanas a bloquearem o acesso e a censurarem a seu belo prazer sites externos, numa clara violação dos direitos e liberdades de um estado que se diz evoluído, já para não falar das incontáveis consequências que estas medidas terão no resto do mundo.

Posição assinalada!

domingo, janeiro 15, 2012

Remotamente

Foram poucas e pequenas as gotas de água que cairam ainda agora, mas foi o suficiente para encher a paisagem de pontinhos cintilantes. Ao abrir a janela, enquanto o ar frio vem substituir o ar aquecido, as luzes de Lisboa, ao longe, de Almada, um pouco mais perto, ou mesmo as da rua da frente, são desdobradas em brilhos e brilhinhos, enriquecendo a vista.

Os carros que vêm da ponte, passam pé-ante-pé, como se não quisessem acordar os moradores da vila. Lá ao longe, um cão mostra-se zangado com algo, e está-se pouco importando para o que os moradores das redondezas possam achar do seu latido constante.

Juntamente com o ar frio, que vai aos poucos tomando o seu lugar, tomo nota do cheiro a terra molhada. Este é dos pequenos prazeres das primeiras chuvinhas que caem depois de não chover há algum tempo. A dose certa, propõe um cheiro único, que me faz inspirar fundo, em busca das memórias de infância. Cheira a Alentejo!

Quando volto a olhar para o presente, reparo num outro cheiro. Também este é um cheiro a Alentejo, mas, mais do que isso, é um cheiro a Natal. Sempre que o fumo das lareiras se nota no ar, é porque o frio se instalou e o Natal está a chegar. Bem, nem sempre, desta fez é porque o Natal acabou de passar e o frio ainda teima em dar lugar ao calor do Verão.

Para que a visão fosse perfeita, bastava uma estrela cruzar os céus, mas a natureza, rabugenta, reclama logo a nossa exigência. Ou bem que queremos que chova para cheirar a Alentejo, ou bem que queremos estrelas no céu. Se a Natureza aluga nuvens, as estrelas tiram folga.

Lá ficaremos assim, sem estrelas por hoje...

sexta-feira, janeiro 13, 2012

A crença do medo

Num passado, não muito recente, é verdade, esta mensagem não poderia ser escrita numa noite como esta. A tão terrível e temível Sexta-feira 13. Eram os vírus que se diziam apanhar nestes dias, mesmo quando os computadores não estavam ligados à Internet. A própria EDP, suspeitava-se, tinha ligações ao oculto e, os mais sensíveis à questão, acreditavam piamente que, numa sexta-feira 13 as luzes iam-se apagar do nada, desligando e estragando todos os computadores que estavam ligados.

Com este cenário, altamente credível e totalmente justificado (ou não!), eu lá era obrigado a ficar afastado dos computadores, não fossem eles desta para uma melhor, só por serem ligados nestes dias.

O mito só começou a cair, quando, alheio a todo o misticismo e com uma inocência total, liguei o computador numa Sexta-feira 13. Pior... liguei o computador numa noite de Sexta-feira 13. Lembro-me de ver o meu irmão chegar-se perto de mim, muito assustado, como se eu tivesse cometido o maior crime de todos os tempos. A verdade é que o computador não se avariou, nem dessa vez, nem em nenhuma Sexta-feira 13. Da mesma forma que não senti nenhum azar depois de passar por baixo de escadas na rua, coisa que adorava quando era mais novo. Também não me lembro de nenhuma situação que possa ter acontecido por me ter cruzado com um gato preto...

Talvez isto venha do facto de eu não ser um bom observador. Se calhar, é mesmo por isso que eu nunca reparei em nada. De qualquer das formas, é mais que sabido que o medo de que algo venha a acontecer, é como um chamariz para que isso efetivamente aconteça. Há quem diga, que as coisas só acontecem se acreditarmos nelas (e remeto-vos para o filme A chave [The Skeleton Key], que ilustra isto numa história muito boa), e a verdade é que muitos católicos, quando fazem "coisas que não devem" depois sentem que algo de mal lhes apareceu de volta, enquanto eu, ateu, nunca tive o mínimo de problema.

Em suma e levando o meu raciocínio ao extremismo, se todos deixarmos de lado as crenças injustificas, improváveis (não no sentido de não puderem acontecer, mas no sentido de não serem suportadas por nada de válido) e irracionais, passamos a ter um mundo onde as coisas más nunca nos acontecem.

E que venham de lá as outras duas Sexta-feiras 13s deste ano, que o meu dia preferido da semana é mesmo a Sexta-feira.