domingo, setembro 04, 2011

Sete colinas, sete encantos e uma cidade

Sei de uma cidade de recantos, encantos, paixões e acima de tudo, vidas. São várias as músicas que fazem tributo à histórica cidade de Lisboa, várias as crónicas e várias todas as restantes fotografias da mágica cidade das 7 colinas.

A minha cidade tem mil e um encantos e mil e um cheiros. Em Alcântara, a ETAR domina levando os passageiros do 751 a fechar as janelas. No Terreiro do Paço, o som do rio atrai o som das máquinas fotográficas, ofuscado muitas vezes pela torre de babel de sons que saem da boca da imensidão de turistas que vem cheirar a maresia. Na Tapada da Ajuda, junto à subida das oliveiras que nos leva ao miradouro, um grande eucaliptal deixa-nos respirar natureza.

Mas não é só de cheiros que se faz Lisboa. Lisboa é feita de pessoas. Seja do agravel senhor que entrou no autocarro com uma anedota para cada passa, seja da recente mãe que vai ao mini preço de pijama, chinelos e rolos na cabeça. O misto de cultura, de opiniões, mas acima de tudo de convivência pacifica e agradável faz surgir um sentimento de saudade quando o rio fica muito distante da minha casa.

Lisboa tem liberdade... Tem eléctricos que nos levam para as ruas estreitas dos pequenos bairros, que mesmo estando inseridos na maior cidade do país, vivem como se fossem pequenas aldeias históricas. Lisboa tem uma rua de janelas verdes, à qual se liga uma rua de degraus, com janelas de várias cores, onde senhoras idosas regam plantas que foram propositadamente posicionadas ali, na calçada, para embelezar a sua rua.

Longe da beleza de todos os percursos turísticos, tão belos e encantados como qualquer outro, Lisboa tem os recantos que poucos conhecem, muitos dos quais que nem eu mesmo conheço, dignos do mais belo quadro ainda a ser pintado.

Que a calçada já gasta das ruas de Lisboa, continue a ser pisada, pois é digna disso...

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