segunda-feira, novembro 14, 2011

Haja patriotismo!

Quando passei a ir diariamente para Lisboa, já lá vão alguns anos, sentia que tinha tudo acessível e, para cada necessidade minha, tinha uma loja próxima onde a podia satisfazer. Para além de toda esta acessibilidade, foi notório que mesmo as mais pequenas coisas estavam bastante longe, no que toca à acessibilidade financeira. Os 40 minutos que separam Lisboa de minha casa, foram suficientes para que eu sentisse que o custo de vida era mais elevado. Não demorou muito tempo para que eu percebesse que um simples beber água podia ser mais difícil do que seria de imaginar à primeira vista. Andei durante bastante tempo com garrafas de plástico atrás, porém, facilmente me esquecia delas em casa.

Recentemente, surgiu no nosso mercado uma gama de garrafas para água da marca SIGG. Por trocarem o plástico pelo metal, mantêm facilmente a água em condições de serem consumidas, pelo que este problema foi prontamente ultrapassado, até porque adoptei a minha SIGG como a minha garrafa e passei a andar sempre com ela. Para além de resolverem problemas de pessoas como eu, a SIGG fascina-me pelo seu patriotismo. Em todas as garrafas, ve-se escrito, numa das faces o logótipo da empresa, enquanto na face oposta, é bem visível a expressão Swiss made (fabricado na suíça). Não se trata de um simples made in (que se encontra no rótulo, em baixo), mas sim de algo mais. Um orgulho em dizer que este produto de qualidade foi fabricado naquele país.

Olhando para nós, povo português, não podia constatar uma realidade mais diferente daquela que me chega do povo suíço. Actualmente, com uma crise financeira instalada, chovem dos média, campanhas de sensibilização para que as pessoas comprem produtos nacionais. Frases como “o que é nacional é bom”, são ouvidas, lidas e ditas, desde que me lembro de ser eu e muita gente há que diz a quem o queira ouvir que só confia em produtos nacionais. Lamentavelmente, isto não é o reflexo da nossa realidade, e a prova são as importações cada vez maiores.

Tenho plena confiança naquilo que é do meu pais, o mesmo país que há séculos navegava por mares desconhecidos, enfrentando perigos para descobrir mais desta esfera habitável. Muitos se queixam que perdemos a força, outros que não podemos viver agarrados àquilo que fomos e eu sou levado a concordar com ambas as ideias. Todavia, a forma como encaramos o presente depende apenas de nós mesmos, e enquanto nós não reconhecermos a nossa própria força, não conseguiremos ir mais além. Nós somos os melhores, só falta acreditarmos nisto e deixarmos a sombra da bananeira! O Quinto Império é tão possível hoje, como era quando foi idealizado, só falta mesmo acreditar…

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